ISSN 2359-5191

20/12/2013 - Ano: 46 - Edição Nº: 123 - Meio Ambiente - Instituto Oceanográfico
Projeto coleta e busca origem do lixo marinho no litoral paulista

O Laboratório de Manejo, Ecologia e Conservação Marinha do Instituto Oceanográfico mantém um projeto de monitoração e coleta de lixo marinho na região sudeste, no litoral paulista. A pesquisadora Andréa de Lima Oliveira é uma das envolvidas no projeto, idealizado pelo professor Alexander Turra, que começou em 2012 e hoje monitora cerca de seis praias no Estado de São Paulo.

Segundo Andréa, “o objetivo do projeto é monitorar o lixo marinho, entender suas fontes, principais tipos, materiais, porcentagem, número e peso”. O lixo marinho é qualquer despejo que chega da terra para a água ou ambientes marinhos, e neles estão inclusos os manguezais e as praias.

Os maiores impactos são causados por objetos que ficam flutuando no mar, pois eles podem ser consumidos pelos animais. Andréa cita os exemplos das redes de pescas abandonadas e dos objetos plásticos. “As redes abandonadas causam o que chamamos de ‘pesca fantasma’, pois ela continua pescando, mas não é recolhida”. Plástico é o material mais significativo na coleta dos pesquisadores. “Pode não ser o maior no quesito de peso, mas 80% dos itens que encontramos são objetos plásticos.”

Outros itens para os quais há uma atenção redobrada são os chamados de logística reversa. “São itens que liberam material tóxico no ambiente, como lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias”. Por serem considerados perigosos estes itens precisam de um depósito de lixo específico e especializado.

Tudo o que é coletado pelos pesquisadores é tabelado e retirado do ambiente. “O volume é tão grande que não dá nem para trazermos para São Paulo, então procuramos os lugares mais próximos para descarte”.

O projeto retorna às praias a cada três meses e realiza suas coletas numa área específica de cada uma delas. Andréa conta que está é apenas uma das frentes do trabalho, que lida com o macrolixo. “Há também uma parte voltada para os grânulos plásticos, que é o plástico pré-consumo, e que contamina o ambiente. Não chega a ser um microlixo, que seriam partículas bem menores, mas é uma frente diferente.”

Andréa diz que o projeto está em processo de expansão e busca novas áreas para pesquisa e coleta de lixo. Os relatórios ainda serão publicados, mas não há data definida.

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