ISSN 2359-5191

03/06/2014 - Ano: 47 - Edição Nº: 18 - Economia e Política - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
Aquisições influenciam velocidade de ajuste da estrutura de capital das organizações
Foto: Itaci Batista

As conclusões das pesquisas sobre a velocidade de ajustamento da estrutura de capital em direção ao alvo (SOA – Speed Of Adjustment) são muito divergentes quanto à velocidade medida, e a maioria não leva em conta certas especificidades das empresas e suas estratégias. Pensando nisso, Douglas Dias Bastos elaborou sua tese de doutorado, apresentada na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA/USP), que propõe investigar a relação entre a SOA e a política de aquisições de algumas organizações associada à quantidade de obtenções de outras empresas. A pesquisa tem 1490 companhias norte-americanas como base de análise, averiguadas no período entre 1992 e 2010.


Segundo Bastos, as organizações alteram sua estrutura de capital a fim de se preparar para realizar uma aquisição. Isso faz com que tais empresas se desviem de sua estrutura de capital alvo e, posteriormente, precisem voltar para sua estrutura inicial. O pesquisador, considerando diversas variáveis de controle (como restrições financeiras e oportunidades de crescimento, por exemplo) tem uma investigação mais aprofundada de como as organizações não adquirentes, adquirentes eventuais e adquirentes em série podem reajustar sua estrutura de capital para que esta se volte em direção ao objetivo inicial. “As evidências sugerem que a velocidade de ajuste é menor para as adquirentes em série, estando as adquirentes eventuais com a maior velocidade de ajuste e as empresas não adquirentes em posição intermediária”, conta.


Ele explica que isso ocorre porque as empresas adquirentes em série possuem uma estrutura de capital adequada às decisões de aquisições constantes, não necessitando se afastar tanto de sua estrutura de capital inicial. “As empresas adquirentes eventuais, por sua vez, precisam ajustar rapidamente sua estrutura para que não incorram em custos relativos a esses desvios estruturais”, afirma. Para mensurar o SOA, o pesquisador utiliza o modelo de ajustamento parcial, empregando um painel de dados dinâmico com a técnica do Método dos Momentos Generalizados (GMM) Sistêmico, que tem se mostrado a menos enviesada e, portanto, uma das mais utilizadas em trabalhos empíricos. “A tese contribui para um melhor entendimento da dinâmica acerca das decisões de financiamento envolvendo aquisições de outras empresas”, defende Bastos.

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