ISSN 2359-5191

23/09/2014 - Ano: 47 - Edição Nº: 65 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Combustão industrial é tema de curso de extensão no IPT
Treinamento oferecido pelo Laboratório de Engenharia Térmica chegou ao seu 28º ano de existência, reunindo 48 profissionais de grandes indústrias.
Curso é oferecido há 28 anos.

Desde 1986, o Laboratório de Engenharia Térmica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) oferece anualmentea profissionais de engenharia em indústrias o curso de combustão industrial, que teve sua edição de 2014 encerrado em agosto. Sob a coordenação do pesquisador Renato Vergnhanini Filho, 48 profissionais de grandes empresas industriais brasileiras se reuniram no campus central do Instituto, em São Paulo (SP), durante cinco dias de aulas teóricas e atividades práticas.

Segundo Vergnhanini, o curso é bastante procurado por indústrias que buscam maior eficiência nos processos de queima em seus galpões. Tanto é que a edição deste ano teve a maior assistência em uma só turma desde 86. “Geralmente, a procura é grande, tanto é que sempre acabamos abrindo uma segunda turma, mas neste ano colocamos todos em um só grupo”, explica.

Com duração de 40 horas-aula, o conteúdo abarca todos os aspectos da combustão industrial, desde os conhecimentos básicos, passando por queima de combustíveis gasosos, líquidos e sólidos,emissão de poluentes e explicações técnicas dos equipamentos utilizados nos processos.

Empresas industriais de grande porte de diferentes lugares do país selecionaram engenheiros de seus quadros para assistir às aulas de especialização. “Em relação a outras instituições que oferecem cursos, temos o diferencial de possuirmos uma infraestrutura laboratorial que muitas vezes não existem em outros lugares”, comenta. Cada inscrito no programa representou um investimento de R$ 4.300 para sua respectiva empresa.

Na opinião de Vergnhanini, o curso também cumpre com a vocação de instituição pública do IPT. “O impacto desta atividade que desenvolvemos aqui no setor produtivo é sem dúvidas muito positivo. É com trabalhos como esse que o IPT cumpre com a sua missão de transmitir o conhecimento que geramos aqui dentro para o restante da sociedade”, completa.

Avaliação.

Engenheiro da fábrica de vidros Nadir Figueiredo - de Suzano (SP) -, Neilton Tamanini valoriza os conhecimentos que conseguiu com o curso. “Foi importante para o meu trabalho, porque a empresa sempre busca formas de se tornar mais eficiente, e esse material que recebemos aqui vira referência para os procedimentos que realizamos na fábrica”, aponta.

No entanto, Tamanini critica a ênfase demasiadamente teórica nos primeiros dias de aula. “O curso precisa intercalar melhor a parte prática nos laboratórios com as aulas teóricas. Porque você fica vendo muito cálculo na sala de aula e depois você vem aqui com uma noção e essas fórmulas ficam mais fáceis de serem visualizadas”, avalia.

O parecer de Neilton vai de encontro ao que afirma Anderson Pinheiro, engenheiro da fábrica de fertilizantes da Petrobrás em Três Lagoas (MS). “É um curso excelente, atendeu todas as minhas expectativas. Mostrou uma boa divisão entre teoria e prática e também conseguiu mesclar profissionais de diferentes áreas, o que é muito importante”, comenta.

Números.

Os participantes do curso vieram de 30 empresas, de 14 diferentes segmentos. A maior presença ficou por conta do setor de siderurgia, origem de 34% dos alunos. Em seguida, os profissionais em maior número eram de petroquímicas (15%) e indústrias de vidros (13%).

Em termos de geografia, a grande maioria se concentrou no Centro-Sul do país. Vindos de 29 cidades e 10 estados diferentes, apenas cinco alunos eram de fora do principal eixo econômico brasileiro: três da Bahia, um do Maranhão e um do Pará. São Paulo enviou o maior número de participantes (22).

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