A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin disponibiliza, desde 1º de outubro, uma pequena exposição no saguão, juntamente com a exposição Não faço nada sem alegria, para homenagear um dos brasileiros responsáveis pelo nome da biblioteca. Através das condecorações, homenagens e prêmios apresentados, é possível traçar a vida de vitórias e reconhecimentos de José Mindlin, bem como conhecer um pouco sobre a trajetória de sua esposa, Guita Mindlin.

O trabalho realizado pelo casal através da compra e restauro de livros antigos é admirável até os dias de hoje. A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin é responsável pela guarda e difusão desta coleção, e em 2006 Guita e Mindlin oficializaram a doação para a biblioteca localizada na USP.

Alguns dos prêmios conquistados pelo polivalente José Mindlin podem ser encontrados na exposição denominada Condecorações & Homenagens. Mesmo pequena, é possível encontrar medalhas de honra ao mérito, diplomas, honrarias como a Ordem do Ipiranga, medalhas, troféus e Prêmios Jabutis. Ela fica aberta das 9 até as 18 horas, de segunda à sexta, e a entrada é gratuita.

Com dez anos de idade, Mindlin começava a mostrar sua paixão por livros através de frequentes visitas a sebos e livrarias. Aos 13, comprou seu primeiro livro antigo, Discurso sobre a História Universal, apenas um da vasta gama de exemplares que o autor compraria mais tarde para formar sua biblioteca.

Em 1932, ingressou na faculdade de Direito de São Paulo, onde conhece Guita, sua futura esposa e companheira para a vida toda. Durante sua trajetória profissional, o colecionador não parou de comprar livros antigos e culturalmente importantes. Em 1946, fundou uma livraria de livros raros, e passou a viajar por vários países europeus em busca de exemplares para completar sua coleção. Enquanto ampliava suas estantes, também assumiu altos cargos, como o de vice-presidente da Fiesp, e também assume a recém-criada Secretaria de Cultura, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo. Em 1999, é eleito para a Academia Paulista de Letras e em 2006 é eleito membro.

Em 1998 ganhou o prêmio Jabuti na categoria “Amigo do Livro”, destinada a aqueles que divulgam e incentivam a leitura de livros. No mesmo ano, o autor recebeu o Troféu Juca Pato da União Brasileira de Escritores (UBE) como "Intelectual do Ano". A Ordem do Ipiranga, destinada a cidadãos que contribuíram tanto para São Paulo quanto para o Brasil, foi dedicada post morten ao autor, que morreu em 2010.