ISSN 2359-5191

01/12/2014 - Ano: 47 - Edição Nº: 91 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Estudo identificará dificuldades para inovação em centros de pesquisa
Grupo de estudantes da Escola Politécnica estudará Planejamento Estratégico do IPT
Fernando Landgraf, diretor presidente do IPT: guinada para a inovação é bandeira de sua gestão. (Foto: IPT)

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) expandiu sua integração com a Universidade de São Paulo (USP) ao firmar um termo de confidencialidade e sigilo com treze alunos da Escola Politécnica, que realizarão estudos sobre inovação em centros de pesquisa aplicada com base no Planejamento Estratégico do Instituto. O escopo das pesquisas é identificar fatores que dificultam a incorporação da inovação no segmento tecnológico e os riscos presentes nesse processo.

Orientados pelo professor Mario Salerno, doze estudantes do terceiro ano da graduação em Engenharia de Produção serão divididos em três grupos, alocados nos Centros de Metelurgia e Materiais (CTMM), Tecnologias Geoambientais (CTGeo), e Química e Manufaturados (CQuiM) do Instituto. Além deles, uma doutoranda também estudará o processo de inovação no CTMM.

Eles aproveitarão sua estada no IPT para a realização do trabalho de conclusão da disciplina de Administração e Organização, enquanto que a doutoranda finaliza o curso de Gestão Estratégica da Inovação, ambos ministrados pelo professor Salerno. O Planejamento Estratégico - em prática desde o ano passado - aposta em processos inovadores como gatilho para aumentar a presença e o impacto das atividades do IPT na sociedade.

A ideia da parceria entre as instituições surgiu após uma aula dada na Poli pelo diretor presidente do IPT, Fernando Landgraf, como convidado de Salerno. Para a pesquisadora Conceição Vedovello, assessora da presidência, este é um passo importante para aumentar a interação do Instituto com a Poli. “É importante porque dá maior visibilidade ao IPT perante os estudantes, é uma oportunidade para mostrarmos nossas atividades”, comenta. “É uma forma de estimular outras parcerias que podem acontecer no futuro”, acrescenta.

Estratégia

“O século XX foi a onda da qualidade, o IPT surfou bem nessa onda, porém o século XXI é marcado pela onda da inovação e trabalhamos nessa direção para posicionar o Instituto à frente no mercado”, comenta Landgraf. Em 2013, o IPT atingiu a marca recorde de R$ 99,2 milhões de faturamento. Destes, R$ 75,4 mi correspondem à qualidade técnica, pela venda de serviços de assessoria, estudos, ensaios, metrologia e calibrações de equipamentos.

O que chama atenção nos balanços financeiros da instituição é o crescimento da venda de serviços de inovação: de R$ 1,5 milhão em 2007, a fatia cresceu para R$ 21 mi no ano passado. Ainda que o cenário econômico nacional seja desfavorável para a indústria - o segundo setor em participação em seus dividendos - o Instituto estima que crescerá 6% em 2014. Até 2018, o Planejamento Estratégico prevê que 40% das receitas venham de pesquisas inovadoras.

O crescimento da receita com processos inovadores do IPT está diretamente associado ao surgimento, nos últimos anos, de novas fontes de financiamento para projetos de P&D (pesquisa e desenvolvimento). Um exemplo disso é a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), que tem o Instituto como um de seus parceiros na fase piloto desde 2012. Nesta ação, o Instituto foi contratado para 15 projetos, num total de R$ 43 mi, que serão executados até 2016.

Para o presidente o investimento em inovação é a resposta das indústrias à crise. “A gente conversa muito com os empresários que estão comprando nossos serviços e o que ouvimos deles é que, em tempos de crise, a saída é a inovação”, comenta. “Mas não posso afirmar que todas as empresas estão fazendo isso e que essa tendência vai se manter em 2015 se a crise se acentuar”, pondera.

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