notas

 


por

Cinderela Caldeira

 

Disciplina da Medicina de Ribeirão Preto ganha prêmio

O trabalho Pesquisa e Aprendizagem no Ensino de Políticas e Gestão de Saúde, baseado na disciplina Organização e Administração em Saúde, recebeu o prêmio Abed/Embratel 2004, durante o 11º Congresso Internacional de Educação a Distância, em Salvador. Sob responsabilidade do professor Juan Stuardo Yazlle Rocha, do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão

Preto (FMRP), que enfrentou o desafio de adaptar-se à mudança

curricular que ocorreu na faculdade nos anos de 1998 e 1999, na qual a carga horária dessa disciplina foi reduzida de 80 para 40 horas.
"Não havia como condensar o conteúdo da disciplina que é basicamente teórica, e seria necessário dar quatro aulas por dia durante cinco dias. Isso seria um massacre para os alunos", diz Rocha.

Desde 2000 é utilizado pelo professor um software canadense que possibilita a publicação de aulas virtuais e a interatividade de alunos e professores, com ferramentas específicas e links de interesse. "A princípio houve uma resistência por parte de 50% dos alunos. Hoje a aprovação ficou acima dos 70%", comemora.

Apesar da disciplina ser ministrada no quarto ano de Medicina, alunos do sexto ano pedem acesso para conhecer o conteúdo em discussão. "Parte deles faz residência e quer atualizar a reflexão sobre o SUS e o Programa de Saúde da Família", diz.

Para Rocha, "hoje a rede mundial é o grande canal de difusão do conhecimento e transformou-se na marca que caracteriza nosso tempo".


 

Pesquisa sobre linfoma gástrico é premiada na Suiça

Concorrendo com 303 documentos científicos de especialistas de todo o mundo, um estudo inédito do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (HCFM), intitulado Frequencies, distribuition na Treatment Patterns of Primary Gastric Lymphoma at the University of São Paulo, ganhou o primeiro lugar no 14th World Congress da IASG - Internacional Association of Surgeons and Gastroenterologist, em Zurique.

 

O estudo coordenado pelo professor Marcelo Mester, especialista responsável pela pesquisa e presidente da comissão central de intercambio da FMUSP, mostra os padrões de tratamento do linfoma gástrico primário administrado pelo HC nos últimos 20 anos e foi realizado pelo Departamento de Gastroenterologia do HC em colaboração com a disciplina de Hematologia da FM, atingindo 103 casos de pacientes assistidos pela instituição. A pesquisa levou em consideração a idade do paciente, as distribuições e características do tumor, o fluxo interno do paciente no hospital e os tipos de tratamentos oferecidos pelas especialidades médicas envolvidas.

O tratamento do linfoma gástrico primario gera grande controvérsia na comunidade científica, por não possuir um padrão nos principais centros de saúde mundiais. A cirurgia nesses casos sempre foi considerada como tratamento inicial, contudo existe uma forte tendência à aplicação da quimioterapia primária, seguida ou não de radioterapia para o sucesso do tratamento.



Psiquiatria lança projeto Asas

O projeto Asas - Avaliação e Seguimento de Adolescentes e Adultos Jovens na cidade de São Paulo - foi lançado pelo Instituto de Psiquiatria e visa oferecer informações e apoio a pessoas com risco de desenvolver qualquer tipo de psicose.

Os sintomas podem aparecer em sensações simples como ansiedade, irritação ou depressão,


alteração do sono e apetite, pensamento confuso ou atrapalhado, preocupação excessiva, necessidade de repetir um comportamento aparentemente sem sentido, experiências incomuns como imaginar coisas ou ouvir vozes, dificuldade no desempenho escolar ou no trabalho. Esses são alguns dos alertas para se procurar um especialista.

Mario Louzã Neto, coordenador do projeto, diz que a adolescência e o início da idade adulta são períodos de grande risco para o desenvolvimento de alguns distúrbios mentais graves, denominados psicoses e caracterizados por sintomas como delírios, alucinações, alterações do humor, entre outros.

O objetivo da pesquisa é fazer precocemente esse diagnóstico e oferecer melhores condições de tratamento. Até o momento não existem trabalhos voltados parao o diagnóstico desses transtornos, que geralmente são mal compreendidos e somente identificados de dois a três anos após os primeiros sinais, tornando o tratamento mais difícil e reduzindo as chances de controle e recuperação.

Os interessados em participar do Asas podem entrar em contato pelo telefone 11 - 3083-2655, de segunda a sexta -feira, das 9h às 17h, ou pelo e-mail asas.sp@terra.com.br