Conbea 2013 – Entrevista com os Professores da FZEA/USP

Bolsista do Programa Aprender com Cultura e Extensão (2013/14). Orientada pelo Prof. Dr. Fabrício Rossi

FZEADevido ao grande sucesso e importância do CONBEA 2013, já abordado dentro de nosso portal, resolvemos explorar ainda mais o tema, entrevistando os professores da FZEA, Dr. Celso Eduardo Lins de Oliveira, Dr. Fabrício Rossi, Dr. Murilo Mesquita Baesso e a Drª. Tamara Maria Gomes que participaram diretamente do congresso.

Como já relatado pelo Portal Biossistemas, o CONBEA 2013, foi realizado na cidade de Fortaleza-CE, entre os dias 4 e 8 de agosto, abordando o tema “Desafios para o desenvolvimento rural sustentável”.

Segundo o prof. dr. Fabrício Rossi, a temática apresentada foi muito interessante e pertinente aos recentes anseios da área, englobando grandes desafios para os futuros engenheiros de Biossistemas. “A sustentabilidade tem sido tratada em todas as suas vertentes, inclusive no setor agropecuário. É preciso produzir alimentos e produtos utilizando menos recursos renováveis. Penso que para isso se faz necessário o uso de tecnologias promotoras de vida, e nesse sentido o profissional de Engenharia de Biossistemas tem um papel fundamental.”, afirmou o prof. dr. Fabrício Rossi, cujo grupo de pesquisa apresentou dois trabalhos com enfoque em sustentabilidade e inovação tecnológica no Conbea: “Medição indireta de clorofila em milho com aplicação de silício em altas diluições” e “Produtividade de cana‐de‐açúcar em ciclos agrícolas consecutivos após cultivo de adubos verdes”.

O congresso também vem apresentando ao longo de suas realizações, importantes reuniões entre profissionais de áreas de atuação específicas (Reunião de áreas), a fim de discutir as inovações e problemas enfrentados por cada área, sendo que algumas delas, como destacado pelo prof. dr. Murilo M. Baesso, possuem estreita relação com a Engenharia de Biossistemas, tais como Energia de Agricultura, Energia de Água e Solo, Máquinas e Mecanização Agrícola, Saneamento e Controle Ambiental e a mais recente, introduzida este ano no congresso, Tecnologia e Agricultura de Precisão. Segundo a prof. dra. Tamara M. Gomes, estas áreas foram introduzidas gradativamente durante os últimos congressos, o que demostra a importância que a Engenharia de Biossistemas vem ganhando dentro do cenário agrícola nacional.

Outro importante ponto do congresso foi à realização de uma reunião entre os coordenadores de curso, que ocorreu no primeiro dia do congresso. O curso de Engenharia de Biossistemas da USP-FZEA esteve representado pelo seu coordenador prof. dr. Celso E. L. Oliveira. Segundo o mesmo, foi idealizado durante a reunião, um fórum de discussões entre os coordenadores dos cursos de Engenharia Agrícola, Engenharia Agrícola Ambiental e Engenharia de Biossistemas, que representavam 9 instituições que possuem cursos nas referidas áreas. Neste primeiro fórum foram abordados a relação entre os cursos e o CREA, bem como a própria relação entre os cursos, na qual ficou definida que os cursos apresentam diferenças significativas entre si, possuindo nichos de atuação diferentes, o que , segundo o professor Celso, representou mais um avanço no reconhecimento da profissão de Engenharia de Biossistemas frente as demais profissões da área.

Os professores Murilo e Tamara, que também representaram a FZEA no congresso, elencaram alguns aspectos positivos e negativos sobre o CONBEA 2013. Segundo a prof. dra. Tamara, o congresso ainda possui grande prestígio e é um dos mais importantes no cenário nacional, porém o elevado preço das inscrições, a falta de critério mais específicos na aceitação de trabalhos, bem como a falta de atrativos, como a possibilidade de publicação em revistas, tem minado a capacidade do congresso em apresentar grandes inovações e faz com que haja interesse em outros eventos de âmbito internacional. O Prof. Dr. Murilo ressaltou que apesar dessas dificuldades o CONBEA ainda é muito importante para o cenário agrícola brasileiro, e vêm se tornando muito importante também para os Engenheiros de Biossistemas, principalmente pela reunião dos coordenadores de curso, e pela boa aceitação dos trabalhos realizados na FZEA, que acaba elevando o nome do curso. Além disso, o congresso é uma excelente oportunidade para realização de contatos com outros pesquisadores da área, a fim de firmar parcerias importantes.

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