Regando Idéias

“É incrível imaginar que atualmente dezenas de milhões de pessoas vivam com menos de cinco litros de água por dia em um planeta que possui 70% de sua superfície coberta por água. É certo que a “hidrosfera aproveitável” é suficiente para o abastecimento de água de toda a população da Terra, mas ela é irregularmente distribuída, pensando que a água como substância está presente em toda parte, mas o recurso hídrico, entendido como um bem econômico e que pode ser aproveitado pelo ser humano dentro de custos financeiros razoáveis, é mais escasso.” (“Decifrando a Terra”)

É de conhecimento de todos que a grande maioria, cerca de 97,5%, da água presente na Terra é salgada e que os 2,5% restantes estão distribuídos entre as calotas polares(1,73%), aquíferos (0,75%) e o restante entre rios lagos e outros tipos de reservatórios.  O senso critico para com este recurso é de extrema importância para qualquer ser humano. De acordo com o Comitê de Recursos Naturais das Nações Unidas, na década de 90, 80 países, os quais representavam 40% da população mundial, padeciam pela carência de tal recurso hídrico, sendo que este, além de representar um fator limitante para o desenvolvimento da “vida”, é, além de tudo, limitante para o desenvolvimento social e econômico de qualquer população, de modo que a proporção com que esta vem crescendo, leva a crer que estamos atrasados quanto a medidas sustentáveis para o uso de água.

What steps can policymakers take to ensure a sustainable use of water that meets the world’s food needs? (quais medidas os formadores de opinião podem tomar para garantir um uso sustentável que atenda as necessidades mundiais de alimentos, International  Water Management Institute, IWMI)

De acordo com o Instituto Internacional de Gestão de Agua (IWMI), aproximadamente 250 milhões de hectares mundo a fora são irrigados nos dias de hoje, o que representa cerca de 5 vezes mais do que no começo do século 20, estimulando desta maneira a produção agrícola e a estabilização de produção de alimentos. Porém o crescimento populacional vem desestabilizando a eficiência deste processo, descentralizando inúmeras tecnologias, as quais utilizam de procedimentos que causam injúria do solo, além de redução dos aquíferos e poluição dos lençóis freáticos.

A gestão da água no meio urbano aborda direcionalmente bacias densamente urbanizadas, seguindo um conceito de integração sobretudo entre os vetores setoriais e territoriais, os quais englobam além dos usos hídricos em si mesmos – como abastecimento publico, esgoto, drenagem pluvial – a necessidade do casamento com os setores os quais não relacionam o recurso para seu bem como gestão municipal, habitação e transporte urbano. Este conceito é inteligentemente aplicado a indústrias, através da utilização de água tratada, de algum tipo de processo, para o paisagismo, usos sanitários, podendo ainda ser (com o tratamento adequado) reutilizada no processo.

É, desta forma, indispensável este raciocínio quando pensamos em uma agricultura que usa seus recursos (energia, água, terra) de maneira consciente, visando maximar sua produtividade, economia e sustentabilidade. Portanto, indispensável também, a presença/capacidade/atuação de engenheiros que compactem habilidades que relacionam os recursos de maneira “sustentável.

Saiba mais: Global Water Outlook to 2025

2 Comentário

  1. quando as pessoas entenderem que água potável, solo saudável, ar limpo e biodiversidade SÃO fatores LIMITANTES para a existência humana e não humana, talvez a gente comece a ver mudanças na política (distribuição igualitária de recursos) e na economia (chega de consumir o que não precisamos pra “mover” a economia!).
    ps: qualquer dia eu quero postar no portal, posso?

  2. Com certeza Gabrielle, o desenvolvimento só será sustentável quando todos os aspectos de utilização dos recursos naturais for feita de modo racional e não precisar mais ser utilizada de forma racionada.
    E você pode contribuir com o blog sim, envie-nos seu texto que o postaremos aqui. Obrigado, leia sempre e divulgue nossas notícias.

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