ISSN 2359-5191

18/06/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 56 - Ciência e Tecnologia - Estação Ciência
Pesquisa estuda o transporte de partículas nas células para a prevenção de doenças

São Paulo (AUN - USP) - Como é o transporte de substâncias dentro da célula? Quem é responsável pelo vai e vem das cargas que chegam e saem delas? É possível controlar esse movimento? Como prever o caminho que esses motores fazem? Essas são algumas das perguntas que o estudo levantado pelo Instituto de Física da USP está buscando responder, visando a possibilidade de fabricação de novas vacinas e a prevenção de doenças. A palestra “Os motores da célula” aconteceu recentemente na Estação Ciência e mostrou os rumos dessa pesquisa.

Carla Goldman é física e faz parte da equipe de pesquisadores envolvidos neste projeto. Ela falou pra um público em sua maioria de estudantes de ramos da Física e da Biologia e comentou sobre algumas indagações a respeito da pesquisa que vem desenvolvendo. O estudo das células e de seus motores envolve também leis da física e é aí que entra o trabalho da pesquisadora. A palestra “Os motores da célula” é parte do ciclo “Física para todos”, parceria entre o Instituto de Física da USP e a Estação Ciência.

No ramo da biofísica, a pesquisa analisa as proteínas do nosso corpo – elas são os motores moleculares, responsáveis pelo transporte de partículas para o interior e exterior das pequenas estruturas do nosso organismo. A pesquisadora explicou de forma bastante acessível, que o movimento executado pelas proteínas não é desordenado, mas não se pode coordená-lo ou prevê-lo e esse aspecto torna impossível o impedimento do transporte de cargas indesejadas, como vírus e bactérias, para dentro das células. Esse impedimento ajudaria na prevenção de doenças e na fabricação de vacinas. As proteínas se deslocam em ambos os sentidos – para dentro e para fora da célula -, mas não respondem a uma ordem exata, dificultando a prevenção de suas atividades. A pesquisa busca, portanto, conhecer a lógica do deslocamento das proteínas, ou conseguir coordená-lo, para ser capaz de prevenir a entrada de substâncias indesejadas para dentro de nosso organismo.

Fora do Brasil, muitos países estão envolvidos em pesquisas sobre o tema, mas aqui, o assunto ainda não está sendo muito abordado, apesar da importância que apresenta. O grupo de pesquisadores da USP é o único a desenvolver a pesquisa no país.

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