ISSN 2359-5191

20/06/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 58 - Ciência e Tecnologia - Estação Ciência
A tecnologia aplicada ao armazenamento de dados é tema de palestra no Museu Paulista

São Paulo (AUN - USP) - Como a prática de armazenamento de dados se faz presente em nossas vidas, as evoluções do processo de gravação de informações até os dias de hoje e o Prêmio Nobel de Física de 2007 foram os assuntos discutidos pelo professor Antônio Domingues dos Santos, do Departamento de Física dos Materiais e Mecânica da USP na palestra “Gravação magnética de dados: da pesquisa à aplicação e ao prêmio Nobel”. O evento é parte do ciclo “Física para Todos”, da Estação Ciência e do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, e aconteceu recentemente no Museu Paulista.

Uma placa de memória de um computador da década de 70, uma fita de dados das décadas de 80 e 90 e um disco rígido de computador (onde as informações são gravadas) foram alguns dos objetos que demonstraram a evolução da tecnologia aplicada ao processo de armazenamento de dados. Antes de 1900, as gravações eram feitas por um processo mecânico, como os CDs, os discos de vinil etc. A gravação magnética veio, portanto, substituir a mecânica, trazendo vantagens importantes, como o fato de poder ser apagada e regravada, ser mais estável e menos sujeita a ações externas. Por esse motivo, passou a ser o processo mais utilizado pra guardar informações. Mais de 90% de toda a informação armazenada no mundo é através da gravação magnética. A evolução, então, passou a ser no aspecto de compactar o conteúdo gravado, para que o espaço físico ocupado fosse o menor possível.

O primeiro registro da gravação magnética em fio (mais fino e leve) foi em 1900, em Paris. Um microfone captava o som, transformando-o em impulso elétrico na bobina, criando um campo magnético que ia magnetizando o fio, para reproduzir o som em seguida. Em 1928 na Alemanha, foi criada a fita magnética, mais estável e resistente que o fio, mas com o inconveniente de ter que ser rebobinada para a reprodução de uma informação contida nela, tornando-a pouco prática. Em 1956, foi criado o primeiro disco magnético, que tornava possível acessar qualquer informação contida no disco, a qualquer momento – o chamado “método de acesso aleatório”. O disco tinha um metro de altura, sua capacidade era de apenas 5 megabytes e custava cerca de US$ 50 mil.

A partir dos anos 2000, com a utilização da magnetorresistência gigante – efeito descoberto pelos pesquisadores Albert Fert (http://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Fert) e Peter Grünberg (http://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_Gr%C3%BCnberg) e que lhes rendeu o Prêmio Nobel de Física de 2007 – os discos já possuem o tamanho de uma moeda e uma capacidade de até 160 gigabytes, ou seja, mais de 30 mil vezes a capacidade anterior. A evolução não parou por aí! Os japoneses anunciaram recentemente o lançamento de um disco rígido com a capacidade de 1 Terabyte, ou seja, 1 trilhão de bytes e pretendem instalá-lo daqui a 5 anos.

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