São Paulo (AUN - USP) - Dando prosseguimento ao projeto 1968 Vou Ver, que busca repensar o legado cultural dos anos 60, o Centro Universitário Maria Antonia (CEUMA-USP) traz ao público, a partir do dia 4 de dezembro, três novas exposições, com obras dos artistas Marcelo Nitsche, Maurício Nogueira Lima e Flávio Império, cujas obras expostas foram produzidas durante o período da ditadura militar.

A exposição “Faturas da forma”, de Mauricio Nogueira Lima, conta com 30 obras realizadas durante a segunda metade da década de 60, com colagens e pinturas críticas, com grandes temáticas e figuras da cultura de massa do período, como a guerra do Vietnã, Marilyn Monroe, cenas de histórias em quadrinhos e futebol, destacando-se a imagem dos jogadores Pelé e Tostão.

O material produzido entre 1964 e 1968 por Marcello Nitsche forma a mostra “O espaço onomatopaico”, na qual o artista busca, por meio de técnicas variadas, aproximar o universo da arte do ambiente urbano e das mídias de massa. É um recorte particular de uma obra de temática politizada, marcada pelo tom descontraído e, ao mesmo tempo, severo.

Reconhecido pelo seu trabalho no teatro, Flávio Império não possui tanto renome como artista plástico. A exposição “Corpo mente espaço” apresenta pinturas, desenhos, gravuras, objetos e obras em técnica mista, que são uma amostra do seu trabalho durante o período. Ainda conta com alguns registros de cenários e figurinos de peças, além alguns manuscritos e documentos.

As exposições seguem até 1° de fevereiro. O Centro Universitário Maria Antonia fica aberto de terça a sexta feira, das 12 às 21 horas e aos sábados, domingos e feriados das 10 às 18 horas. A entrada é gratuita e visitas monitoradas podem ser agendadas pelo telefone (11) 3255 7182.