São Paulo (AUN - USP) - Fazer meia hora de atividades físicas diariamente, diminuir o consumo de sal e medir sempre a pressão. É com estes conselhos que o grupo multidisciplinar de doenças metabólicas do Hospital Universitário (HU) da USP procura prevenir a hipertensão arterial.
Todos os anos, profissionais da saúde de diversas especialidades reúnem-se em um evento para abordar o assunto e promover a conscientização. Desde 2009, ele é aberto não só aos pacientes do HU, mas a todos os funcionários da universidade – inclusive os terceirizados. Este ano, ele foi realizado pela primeira vez fora do HU, no espaço do Museu de Arte Contemporânea (MAC), próximo à Reitoria. Aqueles que comparecem ao evento recebem informações sobre os riscos da doença e a probabilidade de a apresentarem.
Alunas do quarto ano de Enfermagem, coordenadas pela enfermeira Ana Lúcia Mendes Lopes, fazem a ficha das pessoas cadastrando informações como idade, tabagismo e histórico familiar, relevantes para avaliar os riscos de desenvolver a doença. Depois, a pressão é medida e registrada. Dependendo do quadro que se obtém a partir dos dados, a pessoa é aconselhada a procurar um médico e ficar atenta. O maior risco da hipertensão é que, geralmente, as pessoas só descobrem o problema quando ele chega ao estágio mais grave e causa infarto ou acidentes vasculares cerebrais (AVC).
A equipe de nutrição dá uma pequena palestra sobre como o consumo excessivo de sal contribui para a hipertensão. Para ilustrar a explicação, compara tubos de ensaio com diferentes quantidades de sal, que correspondem à quantidade máxima que deve ser ingerida por refeição ou à quantidade presente em certos alimentos. Entre os maiores vilões da hipertensão estão os temperos prontos, como caldos Knorr e Sazon. Quem ouve a explicação geralmente se espanta. Patrícia, funcionária da Reitoria, se assustou com a informação nutricional e saiu da palestra já considerando deixar de comer algumas coisas.
O assunto abordado pela equipe de educação física também traz algumas novidades para os funcionários. Segundo Rodrigo, estudante da Escola de Educação Física e Esportes (EEFE-USP) e voluntário do evento, a maioria das pessoas conhece os benefícios de fazer meia hora de exercícios por dia. O que muitos não sabem é que esse tempo pode ser dividido. Caminhar por dez minutos três vezes ao dia, por exemplo, tem o mesmo efeito. Para estimular essa prática, foi distribuído um panfleto com outras recomendações e endereços de onde praticar atividades na região do Butantã.
Alunas da Faculdade de Farmácia também dão sua contribuição. Elas enfatizam o uso correto dos medicamentos e reforçam a importância da continuidade do tratamento, uma vez que a hipertensão é uma doença incurável.
Depois de conversar com todos esses profissionais, os presentes saem mais esclarecidos em relação à hipertensão.