ISSN 2359-5191

26/05/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 20 - Educação - Instituto de Relações Internacionais
Fórum na USP debate a profissão de internacionalista

São Paulo (AUN - USP) - Opções de carreira, oportunidades acadêmicas, concentração de financiamentos e importância da iniciação científica e da pós-graduação. Foram esses os principais pontos em pauta no V Fórum de Formação e Profissionalização em Relações Internacionais, promovido recentemente pelo Instituto de Relações Internacionais (IRI) da USP na Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP. O evento bienal tem como objetivo discutir as possibilidades e mudanças na área de atuação dos graduados neste curso.

Em quatro dias de discussão, foram organizadas sete mesas de debates. Na segunda delas o tema foi “Academia”. Janina Onuki, doutora em Ciência Política pela USP e professora do IRI, e Cláudio Gonçalves Couto, pós-doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Columbia (EUA), foram os convidados para apresentar seus pontos de vista e esclarecer dúvidas sobre as oportunidades acadêmicas na área.

“Há atualmente 96 cursos de graduação em Relações Internacionais no Brasil”, afirmou Janina para apontar o crescimento do curso no país. A palestrante lembrou ainda que a área de Relações Internacionais iniciou sua expansão efetivamente a partir de 1995, quando só havia um curso nacional de renome - o da Universidade de Brasília (UnB).

Ainda segundo Janina, nessa época os poucos estudos de internacionalismo que se faziam eram realizados junto à Ciência Política, de onde emergiu boa parte dos atores da área de Relações Internacionais (RI). Por isso, apesar de haver cursos não tão bons que surgiram com a conjuntura de globalização e democratização do Brasil, há uma vantagem clara na expansão da área: a revisão do papel e da formação dos internacionalistas em todo o ensino superior brasileiro.

O aumento de bolsas para pesquisas acadêmicas é outro fruto do crescimento de cursos de RI. Os dois especialistas alertam, porém, sobre a dificuldade de conseguir trabalhos em escolas de renome e financiamento para estudos no exterior. Janina afirmou que os estudos de RI estão concentrados nas temáticas: Política Externa Brasileira e Diplomacia, além de Integração Regional, em menor número. Tal concentração dificulta a exploração de diferentes abordagens por falta de dinheiro.

O último ponto abordado pelos palestrantes foi a importância da iniciação científica e da pós-graduação no Brasil. “A iniciação científica é essencial tanto na formação acadêmica quanto para outra área de um internacionalista”, afirmou Cláudio Gonçalves. Para este, é através dela que se aprende a utilizar dados, formular e responder problemas e pensar criticamente.

Já a pós-graduação é uma questão de sobrevivência. Ter pelo menos o Mestrado tornou-se uma exigência do mercado de trabalho. Além disso, a pós-graduação é o elemento propulsor do avanço na campo das Relações Internacionais: “As bases na pós-graduação influenciam diretamente a graduação, sendo que muitas das universidades que hoje possuem graduação em RI, começaram com cursos de pós-graduação, como no caso da PUC-RIO”, conclui Cláudio.

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