ISSN 2359-5191

16/12/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 121 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Pesquisas Tecnológicas
IPT, na USP, pretende inaugurar, até final do ano, laboratório de bionanotecnologia

São Paulo (AUN - USP) - Previsto para o final de 2010, o Laboratório de Bionanomanufatura, será o mais moderno centro de pesquisas em bionanotecnologia do Brasil. Com oito mil metros quadrados de área construída e um investimento de R$ 46 milhões, este laboratório, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), na USP, estudará biotecnologia (desenvolvimento com organismos vivos), tecnologia de partículas (microencapsulação de componentes químicos e terapia medicinal, como em cosméticos), micromanufatura de equipamentos e metrologia. Segundo o pesquisador Marcos Tadeu Pereira, do IPT, “o laboratório vai trabalhar com algumas tecnologias que o IPT tem utilizado, que são importantes e que não produzíamos antes”.

O interesse pela construção do laboratório partiu de uma conversa entre os dirigentes do IPT e o Governo do Estado de São Paulo, segundo o pesquisador. “O governo do estado nos chamou para conversar sobre aonde ele deveria investir. Nós sugerimos nanotecnologia e bionanofatura, que são áreas tecnologicamente avançadas e que não possuem muito espaço no momento”, relata Pereira.

A bionanotecnologia é a área de pesquisa voltada para a descoberta e a produção de materiais milhares de vezes menores que a espessura de um fio de cabelo que desempenham funções determinadas. “Hoje existem meias produzidas com nanotecnologias que não criam cheiro, assim como, camisetas que fazem um atleta transpirar menos”, exemplifica o pesquisador. Atualmente, cerca de 600 produtos que contêm nanomateriais estão no mercado em todo o mundo.

Projeto Arquitetônico
O projeto arquitetônico do novo laboratório foi criado visando ser o mais racional possível e que levasse em consideração a sensibilidade dos laboratórios a serem instalados no edifício – no que diz respeito ao conforto térmico, vibrações e instalações especiais.

O prédio vai abrigar no pavimento térreo o setor de micromanufatura, porque os equipamentos não podem receber vibrações. No térreo ainda terá uma sala limpa com nível 100, uma das categorias mais elevadas em termos de limpeza. Essa sala terá filtros especiais para evitar a entrada de partículas e vai trabalhar com pressão positiva – a pressão dentro da sala é maior do que a de fora.

No primeiro andar ficará o laboratório de biotecnologia, com dois mil metros quadrados. No segundo andar será instalado o laboratório de tecnologia de partículas. O prédio terá também uma área de administração, com sala de gerenciamento e uma central de estações de trabalho para maior integração dos pesquisadores de diferentes áreas. Além de um anfiteatro para 200 pessoas, destinado aos encontros de pesquisadores para discutir projetos convergentes em nanotecnologia.

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