ISSN 2359-5191

28/06/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 55 - Ciência e Tecnologia - Instituto Oceanográfico
Instituto Oceanográfico da USP cria rede que reúne pesquisas sobre os habitats bentônicos do litoral brasileiro

São Paulo (AUN - USP) - No Brasil, até pouco tempo atrás, pesquisas a respeito dos efeitos da ação do homem e das mudanças climáticas sobre os habitats bentônicos no litoral brasileiro eram feitas, sem que houvesse um local aonde seus pesquisadores pudessem disponibilizar seus resultados e sem qualquer tipo de sistematização. Eram desenvolvidas em diversos locais ao longo da costa brasileira, o que embora ajudasse a explicar fenômenos e questões específicas de cada região, acabava dificultando comparações e integrações de dados, impossibilitando maiores avaliações sobre a situação desses habitats e de suas comunidades, assim como a percepção de quaisquer modificações neles e suas causas.

Levando esse fato em consideração, durante o I Workshop Brasileiro de Mudanças Climáticas em Zonas Costeiras – Estado do Conhecimento e Recomendações, realizado em setembro de 2009, na Universidade Federal do Rio Grande, em Rio Grande-RS, começaram a surgir as primeiras ideias para a criação da Rede de Monitoramento dos Habitats Bentônicos Costeiros, ou ReBentos.

A Rede é dividida em seis grupos de estudo: Praias, Costões, Estuários, Fundos Submersos Vegetados, Manguezais e Marismas, e Educação Ambiental, para facilitar a coordenação e condução de pesquisas, em cada um desses setores. Ela também disponibiliza os resultados dos projetos que estão sendo ou que tenham sido desenvolvidos por pesquisadores integrantes da Rede, tanto para a comunidade científica quanto para o público em geral, através de seu site. Com a obtenção de séries de dados contínuas, por longos períodos de tempo e por tipo de habitat, será possível a investigação de diversas questões científicas relacionadas a alterações causadas por impactos antropogênicos e modificações climáticas, e o planejamento de ações para a conservação dos habitats bentônicos e seus organismos.

Amparada pela Fapesp e pela CNPq, desde 2010, e coordenada por Alexander Turra, professor do Instituto Oceanográfico da USP, a ReBentos está vinculada à Sub-Rede Zonas Costeiras da Rede Clima (MCT) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC), e já conta com a colaboração de 116 pesquisadores, oficialmente cadastrados, representantes de mais de 43 instituições de ensino e pesquisa. “A Rede é uma iniciativa única, a qual contempla todos estados costeiros do país e muitos pesquisadores, de diversas instituições, com grande potencial. Acredito que gerará produtos e resultados muito bons”, diz Márcia Regina Denadai, bolsista do projeto.

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