ISSN 2359-5191

06/12/2002 - Ano: 35 - Edição Nº: 25 - Meio Ambiente - Instituto Oceanográfico
Sabesp, Oceanográfico e FUNDESPA fazem parceria para pesquisa

São Paulo (AUN - USP) - Em algumas regiões sob influência de esgotos domésticos lançados por emissário submarino ocorre um aumento do número de espécies de poliquetas oportunistas, devido à grande quantidade de matéria orgânica lançado pelo mesmo. Isso acontece porque esses animais são oportunistas, e crescem com o aumento da matéria orgânica no ambiente. Essa é a principal conclusão encontrada pela pesquisadora Simone Ribeiro Heitor, em sua tese de doutorado no Instituto Oceanográfico.

O levantamento feito por Simone teve como objetivo conhecer a composição e a distribuição da fauna bentônica (de fundo), analisar as associações das espécies com relação às variáveis ambientais e avaliar os efeitos da introdução da matéria orgânica em regiões próximas aos emissários. A coleta de material foi realizada em quatro municípios do litoral paulista: Praia Grande, Guarujá, Santos e São Sebastião, no inverno de 97 e no verão de 98.

Os dados obtidos em no Guarujá e em São Sebastião não foram conclusivos, por motivos diferentes. No Guarujá, houve um rompimento do emissário na época do estudo, e em São Sebastião há muitas outras variáveis que podem mexer com as espécies, como lançamento de esgoto industrial na água.

Esse estudo é parte do Projeto LOESS (Levantamento oceanográfico da área afetada por efluentes dos emissários submarinos da Sabesp), resultado de um convênio entre a Sabesp e a Fundespa (Fundação de Estudos e Pesquisas Aquáticas). O LOESS teve o objetivo de fazer monitoramento das condições oceanográficas gerais nos locais próximos a emissários submarinos de esgoto. Há monitoramento dos aspectos físicos, químicos e microbiológicos desses locais.

Esse foi o primeiro estudo desse tipo realizado na região, e tem grande importância ambiental, pois deve servir como base para estudos futuros. Além disso, a Sabesp tem planos de construir um novo emissário na Praia Grande, daqui alguns anos. Os dados coletados nesta pesquisa servirão como base de comparação para uma análise completa da influência do lançamento de esgotos no mar. A pesquisadora alerta que não é possível fazer uma análise sobre como era a região antes da construção dos emissários e quais as conseqüências do lançamento de esgotos nesses locais, porque nunca houve monitoramento anterior.

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