ISSN 2359-5191

19/06/2015 - Ano: 48 - Edição Nº: 53 - Saúde - Escola Politécnica
Simulador ajuda em bloqueio de nervo na odontologia
Equipamento simula processo bloqueio do nervo alveolar inferior, procedimento considerado difícil pelos alunos
Dentista aplicando anestesia

O uso da realidade virtual na medicina e na odontologia está cada vez mais frequente, sobretudo para ajudar os alunos a simular procedimentos invasivos, garantindo uma forma de treinamento melhor. Em parceria com o Laboratório de Tecnologias Interativas (Interlab) da Escola Politécnica, o Laboratório de Aplicações de Informática em Saúde (Lapis) da EACH e o laboratório da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB), foi criado um simulador para um procedimento odontológico no qual os alunos têm grande dificuldade, o “bloqueio do nervo alveolar inferior”.

“Na FOB, há alguns  procedimentos que não existem ferramentas para simular, e os alunos treinam nos próprios colegas. Como trabalhamos com realidade virtual e aumentada, também desenvolvendo simuladores pra áreas de saúde, surgiu ideia de construir um simulador de anestesia odontológica, pra simular um procedimento que os alunos têm muita dificuldade, chamado “bloqueio do nervo alveolar inferior”, comenta Cleber Gimenez Correa, um dos desenvolvedores.

O simulador usa um robô que permite imitar os movimentos da seringa por meio  de um braço mecânico, e quando a agulha toca uma estrutura no ambiente virtual, permite criar uma certa resistência, como gengiva, mucosa e osso. A projeção é feita em um monitor real, sem nenhuma visualização 3D.  Ainda em fase inicial do desenvolvimento, o projeto simula os movimentos da agulha e a inserção em alguma estruturas, sem a parte da injeção do anestésico.  “Calculei se ele acertou o ponto de inserção, se acertou profundidade da agulha, se  tocou em alguma estrutura que não deveria tocar, como osso e nervo e o ângulo e a velocidade de inserção.”

Os testes foram realizados com  24 alunos e 2 professores especialistas que ministram a forma convencional do procedimento. Os testes contaram com alunos experientes na área e calouros totalmente sem experiência, ainda aprendendo anatomia,  além de estudantes de pós-graduação. “Eles gostaram, mas ainda não substitui o método tradicional”, comenta Cléber. “A parte do dispositivo que simula a seringa e a agulha tocando as estruturas, [os alunos] acharam que precisa melhorar bastante, e também reclamaram que essas resistências ainda não estão tão próximas do real. A menor nota ficou entre 60%. Já no quesito visual, os modelos que colocamos na tela foram bem elogiados”.

O sistema ainda está em fase de testes, e é calibrável. As resistências podem ser ajustadas de acordo com cada estrutura, baseado na opinião dos alunos e professores que testaram.  “Precisamos executar mais testes e calibrar um pouco melhor, e analisar essas mudanças com calma para atingir a excelência do simulador”.

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