ISSN 2359-5191

19/08/2015 - Ano: 48 - Edição Nº: 78 - Arte e Cultura - Universidade de São Paulo
Melhorias na estruturação de sistema de museus são resultado de pesquisa da USP
A partir da análise do histórico do sistema paulista e da comparação com redes de outras localidades, foi possível identificar práticas passíveis de aplicação no Sisem-SP
Melhorias para o Sisem-SP (Sistema Estadual de Museus de São Paulo) são resultado da pesquisa. Imagem: Reprodução

Uma dissertação de mestrado na área de Museologia analisou sistemas e redes de museus de diversos locais para comparar com o Sistema Estadual de Museus de São Paulo (Sisem-SP) e, assim, implantar mudanças que visam a melhoria deste. A abordagem histórica dada ao processo de estruturação desses sistemas ainda é pouco trabalhada e, por isso, a importância de um estudo como esse.

Luiz Fernando Mizukami, autor da dissertação, considera de extrema importância que se tenha claro o que é a Museologia antes de mais nada. Ela não é a ciência dos museus. É, na verdade, "o estudo do fato museológico, compreendido como sendo uma relação entre o Homem, o Objeto (representativo da realidade) e um cenário institucionalizado, o Museu". Assim, Luiz buscou analisar o Sisem-SP e, a partir disso, estudar as redes e sistemas de museus como um todo.

A pesquisa tinha como hipótese principal que a estruturação dessas redes e sistemas permite a qualificação das instituições museológicas. Só assim se dão processos museológicos efetivos. Com isso, foi estabelecido como objetivo identificar práticas que sejam passíveis de aplicação no Sisem-SP através de mapeamento histórico dos caminhos de estruturação e das dinâmicas estabelecidas nas redes estudados.

Para a realização desse mapeamento foram selecionados, a fim de comparação, o Sistema Integrado de Museus do Pará, o Sistema Estadual de Museus do Rio Grande do Sul e a Rede Portuguesa de Museus. Assim, foram estudados, além da legislação que embasa essas estruturas, materiais como relatórios, formulários e atas de reuniões; foram feitas entrevistas com antigos gestores e profissionais desses locais e, ainda, com funcionários de museus que vivenciam atualmente os efeitos das ações dessas estruturas.

Como resultado imediato da pesquisa e, consequentemente, como contribuição para inspirar melhorias na estruturação em curso do Sisem-SP, tem-se o exemplo da Rede Portuguesa de Museus (RPM). Sua forma de estruturação, os conceitos adotados e o processo de credenciação criado são modelo para o atual processo de credenciamento de museus a ser adotado pelo Sistema Estadual de Museus de São Paulo.

Por fim, Luiz conclui que é necessário aprofundar esses estudos. "Muito se fala sobre estruturas em rede mas pouco se sabe efetivamente do histórico de estruturação dos sistemas". A própria história da criação do Sisem-SP, que foi o primeiro sistema estadual de museus criado no Brasil (anterior inclusive ao Sistema Nacional de Museus), estava dispersa e não registrada.

Além disso, "é possível verificar o sucesso de práticas que podem sermodelares para outras estruturas que estão em criação ou remodelação", acrescenta Luiz.


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