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O
Sistema Júpiter nasceu com a grandiosa vocação
de atender ao principal público-alvo da Universidade
de São Paulo: os alunos da graduação.
Seis anos depois de implantado, o sistema totaliza 52.600
usuários em suas duas versões: Júpiter,
voltado para rede interna e de acesso restrito aos professores
e funcionários, e Júpiter
Web , a versão da Internet para alunos, com
parte do conteúdo de domínio público.
Nele, 19 unidades da USP em São Paulo e no interior
podem fazer matrícula pela Web, uma das maiores
facilidades implementadas.
O
recorde no número de alunos matriculados pelo
Júpiter Web para o segundo semestre de 2004
é uma prova de que o sistema não pára
de crescer. Foram cerca de 14.000 alunos, contra 4.800
do semestre anterior, aumento visto por muitos com
entusiasmo. A expansão foi grande, porque
a FFLCH entrou agora no Sistema Web e foi responsável
por 7.000 matrículas, comemora Fernando
Alexandre Favato, do Departamento
de Informática e gerente técnico
do Jupiter. Para Favato, vencer a resistência
dos alunos é um passo importante para beneficiar
funcionários das sessões de graduação,
que têm menos trabalho acumulado, e promove
maior comodidade aos alunos, função
primeira do sistema.
O
Júpiter corporativo, versão para
rede interna, atende a parte de cadastros de cursos
e currículos, além de permitir consulta
a todas as informações do aluno,
desde os dados pessoais como endereço e
classificação no vestibular, até
o histórico escolar. Já a versão
Web, além da matrícula, permite
consultas aos cursos e disciplinas. Agora
docentes e |
foto
crédito:Francisco Emolo
Fernando
Favato |
funcionários
podem passar notas e freqüências diretamente
pela Internet, lembra Sérgio Orsini,
gerente do Projeto Júpiter ligado à
Pró-Reitoria de Graduação. |
Para
a pró-reitora de Graduação Sonia
Penin, os dados disponibilizados se transformam em
informações para ajudar na implantação
de melhorias nas unidades. O sistema tenta unificar
dados da trajetória e da situação
atual do aluno, como o tempo que demora em terminar
o curso. Assim podemos identificar problemas e auxiliar
unidades na melhoria dos cursos, ressalta ela,
citando a evasão como uma das frentes a serem
combatidas. O primeiro ano é quando o
aluno mais desiste, por isso precisamos trabalhar
para estimulá-lo, diz.
O
antecessor do Sistema Júpiter era o Quíron,
que agregava tanto a graduação como
a pós-graduação. Ele funcionava
no sistema de main-frame (computadores grandes
centralizados, em torno do qual ficam todos os
usuários operando nos terminais, os 'computadores
burros') e foi modernizado e adaptado com a tecnologia
do cliente servidor (sistemas descentralizados)
para não ter problemas com o Bug do Milênio.
O Júpiter sempre foi mais voltado
para atender às especificidades de unidades,
que antes o Quíron não atendia,
lembra Sérgio Orsini, que participou da
equipe responsável pela implantação
do sistema, com representantes usuários
das unidades. |
foto
crédito:Cecília Bastos
Sônia
Penin |
Também
membro da equipe de implantação do Júpiter
e na época funcionária da Pró-Reitoria,
Miriam Matsuda conta que os objetivos do sistema eram
dar autonomia às unidades e possibilitar o
fornecimento de dados para a administração
da parte acadêmica. De 1992 até a implantação
teste do Júpiter, em 1996, Miriam trabalhou
visitando unidades, recolhendo críticas e sugestões.
Fazíamos reuniões o ano todo para
ver o que cada um queria. O sonho acabou sendo maior
que as possibilidades, lamenta ela, que ainda
continuou na equipe de suporte do Júpiter ouvindo
os problemas dos usuários - tentando solucioná-los
- até o fim da fase teste, em 1997. Antes de
ser transferida para o cargo de assistente acadêmica
da Faculdade de Economia, Administração
e Contabilidade, Miriam elaborou manual ao usuário,
deu treinamentos em parceria com Orsini, que hoje
continua com a função de receber pedidos
das unidades para o aperfeiçoamento do sistema.
Os mesmos são encaminhados para o Conselho
de Graduação, responsável pela
aprovação da mudança.
A
Pró-Reitoria de Graduação
faz uma análise técnica e didática,
conta ele, que envia a nova regra para o Departamento
de Informática. Os dois setores ainda têm
uma fase de teste, e só depois a mudança
vai ao ar. Exemplo recente aconteceu na licenciatura
da Faculdade de Educação, que não
queria ter mais alunos inscritos do que vagas
para as disciplinas. |
foto
crédito:Francisco Emolo
Sérgio
Orsini |
Um
dos desafios do sistema para os próximos anos,
segundo Orsini, é criar o máximo de
personalização do sistema, ou seja,
flexibilizar regras para que possa atender a pontos
específicos de cada curso e unidade. Em
2005 os alunos devem receber uma notificação
por e-mail avisando que sua nota já chegou,
lembra ele, acrescentando que logo os alunos poderão
fazer requerimentos para disciplinas também
na Web. Outra promessa por parte da Pró-Reitoria
é tornar o esquema de obtenção
de matérias optativas mais justo, motivo de
reclamação entre os usuários.
Vamos propor ao Conselho de Graduação
critérios para aperfeiçoar a seleção
dos alunos, afirma Orsini.
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