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por Daniel Fassa
Fotos por Francisco Emolo e Paulo Soares

 

 

 

 

 

foto crédito: Paulo Soares
Samuel Degaspari, funcionário da Esalq, tem labirintite e fala sobre os sintomas: "É muito ruim, fico atordoado, tudo gira, mexe com o estômago. Quando dá crise forte, não consigo levantar da cama"

 

 

 

 

 

 

foto crédito: Francisco Emolo
Depois de anos sem dar a devida atenção às tonturas que sentia, Raquel Antunes de Oliveira, da Faculdade de Educação, procurou um otorrino no Hospital Universitário e começou um tratamento

 


Samuel Degaspari, funcionário da Esalq, sente sintomas como esses já há algum tempo. "É muito ruim, fico atordoado, tudo gira, mexe com o estômago. Quando dá crise forte, não consigo levantar da cama", conta. Cerca de dois meses atrás, ele procurou um médico, que diagnosticou labirintite. Com o medicamento receitado, Degaspari tem levado uma vida normal. "Faço atividades físicas. Segundas, quartas e sextas-feiras, eu e minha esposa corremos 12 km."

Já Raquel Antunes de Oliveira, da Faculdade de Educação, diagnosticou uma labirintite avançada e, além de tomar remédios, teve que ficar em repouso por um período. Ela relata que quando está estressada ou se sente fraca, os sintomas se acentuam. Depois de anos sem dar a devida atenção ao problema, procurou um otorrino no Hospital Universitário e iniciou a terapêutica.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico correto é fundamental para um tratamento adequado. Em princípio, o profissional a ser procurado é o otoneurologista, que realiza uma série de exames a fim de saber exatamente a causa da doença. Caso sua origem não esteja no sistema vestibular, o paciente é encaminhado a um especialista. "Se você tem uma dor de dente causada por uma cárie, não adianta tomar analgésico. É a mesma coisa que tomar remédio para tontura. Se você não trata a causa, daqui a pouco aquilo volta", afirma a doutora Roseli.

Também é muito importante que os sintomas não sejam ignorados, sob o risco de se ter problemas ainda maiores. Que o diga Katherine Kutsumbos, do Setor de Eventos do Instituto de Geociências. Embora sentisse tonturas há alguns meses, ela demorou a procurar um profissional, até que um dia, enquanto dirigia, sentiu-se muito mal e teve que parar o carro no meio da rua. Depois do ocorrido, passou por um médico e está na fila para fazer os exames necessários e descobrir qual o tratamento adequado. Enquanto isso, toma remédios diariamente: "Sem o remédio, não consigo ficar. Sinto mal-estar, tonturas, enjôos, falta de equilíbrio".

Quando há lesão de um dos vestíbulos, uma terapia chamada reabilitação vestibular é aplicada para que o paciente se adapte à nova situação e volte a se movimentar normalmente. Para isso, ele é treinado com exercícios que o capacitem a manter o equilíbrio com informações de apenas um labirinto. Inicialmente, as tonturas são inevitáveis, mas, com o tempo, o organismo se adapta. Além dos médicos, fonoaudiólogos e fisioterapeutas podem trabalhar nesse processo.

Nos casos em que os dois vestíbulos são lesionados, a recuperação é muito difícil. O trabalho de reabilitação vestibular permite alguma melhora, mas o paciente sempre fica com alguma limitação. Roseli Bittar revela que pesquisas estão sendo desenvolvidas tendo em vista progredir nessas situações: "Estamos iniciando uma pesquisa com um equipamento americano, na tentativa de restabelecer o equilíbrio por uma via de estimulação alternativa, que não o labirinto".

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