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Dicas
por Talita Abrantes

 

Cotonetes podem causar uma série de problemas auditivos. Especialista recomenda outro método de higiene

“Menino, você tomou banho direito? Lavou bem as orelhas? Deixe-me ver... Ah, vai limpar esta orelha direito com cotonete!” Você já deve ter ouvido um conselho parecido como este várias vezes durante sua infância. Mas, acredite, as mães nem sempre têm razão. De acordo com a fonoaudióloga Mariza Ribeiro Feniman, da Faculdade de Odontologia de Bauru, as hastes flexíveis devem ser abolidas do nosso ritual de higiene do aparelho auditivo.

“A orelha é ‘auto-limpante': a cera produzida em excesso é expulsa por ela própria”, explica a professora. Utilizar outros instrumentos para este trabalho pode ter um resultado inverso. Ao invés de retirá-la, tais objetos empurram - na para dentro da cavidade ao mesmo tempo em que deixam a parte externa sem esta camada protetora. A orelha torna-se, então, um campo propício para o acúmulo de bactérias e conseqüentes inflamações. Além disso, segundo Mariza, a limpeza excessiva pode estimular a produção de mais cera e aumentar os riscos de perfuração do tímpano.

O técnico administrativo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) Valter Maia sente na pele os efeitos negativos do cotonete. Segundo ele, sempre que faz a higiene das orelhas com este instrumento percebe uns ruídos estranhos. "Já fui ao médico, fiz lavagem e ele recomendou que eu não usasse cotonete. Mas eu não consigo ficar sem", admite.

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