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Notas
por Cinderela Caldeira

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Substância encontrada no veneno da jararaca pode atuar no combate à eclâmpsia

De acordo com o Conselho Brasileiro de Cardiopatia e Gravidez, cerca de 3,2 milhões de mulheres ficam grávidas por ano no Brasil e 10% apresentam um problema conhecido como pré-eclâmpsia, pressão alta em gestantes, responsável por 30% dos óbitos maternos em todo o País. No Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria Estadual de Saúde, está sendo desenvolvido um medicamento capaz de atuar no combate à pressão alta na gravidez.

Pesquisadores do Centro de Toxinologia Aplicada do Butantan, encontraram uma substância presente no veneno da jararaca capaz de atuar diretamente nos casos de hipertensão gestacional. O estudo identificou um mecanismo capaz de atuar diretamente nas artérias para manter os vasos sanguíneos relaxados, controlando a pressão. A doença precisa ser diagnosticada e tratada de forma rápida, durante o pré-natal, já que pode restringir de maneira severa o fluxo de sangue para a placenta, prejudicando o feto, e atinge mulheres a partir da vigésima semana de gestação, podendo levar à morte.

As drogas utilizadas atualmente para o tratamento das gestantes são desenvolvidas para o hipertenso comum, e o novo medicamento leva em consideração todas as particularidades do organismo de uma mulher grávida. Além da pressão alta, a pré-eclâmpsia se caracteriza pela retenção de líquidos (edema) e presença de proteína na urina (proteinúria), podendo evoluir para um quadro de convulsão e coma (eclâmpsia).

   
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