Mas essa não é a única novidade do evento. Com a proposta de qualificar a visita das crianças e adolescentes foi montada a seção Ler é Minha Praia. O espaço de 2 mil metros quadrados reúne oficinas, arena e dois palcos dedicados exclusivamente para as cerca de 484 horas de atividades apenas para os pequenos. A seção conta ainda com a Biblioteca Viva, um ambiente lúdico-educativo para o público de 7 a14 anos. Para completar, haverá visitas monitoradas aos estandes de editoras com atividades infanto-juvenis.

Já os tradicionais Salão de Idéias, Espaço Literário Ipiranga, Fala, Professor e Espaço Universitário HSBC continuam unindo autores, especialistas e público em debates sobre obras e questões pertinentes para a contemporaneidade. Serão mais de 93 convidados nacionais e 40 estrangeiros.

“Esta interação incentiva o hábito de leitura. À medida que as pessoas se envolvem com os temas, se interessam pelo livro”, opina Eduardo Mendes, diretor-executivo da Câmara Brasileira do Livro (CBL), entidade organizadora da Bienal. Todas essas programações contabilizam mais de 680 horas de atividades culturais.

Atrás apenas da Feira do Livro de Frankfurt, a Bienal Internacional de São Paulo abriga 210 mil títulos dos mais de 900 selos editoriais. Durante os 11 dias de exposição, serão lançadas 4.100 obras. Estão previstas 822 sessões de autógrafos. Os investimentos no evento ultrapassam R$ 20 milhões.

Apesar dessa magnitude, duzentos anos após a inauguração da era do livro no Brasil a leitura ainda não é uma paixão nacional. De acordo com a pesquisa Retrato da Leitura 2008, encomendada pelo Instituto Pró-livro, os brasileiros que não vão mais à escola lêem 1,3 livro por ano.