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Música
por Claudia Costa


 

 

 


Coral lírico recebe convidados para a apresentação das óperas

 

 

 

 


Orquestra Experimental de Repertório, sob a regência dos maestros Juliano Suzuki e Jamil Maluf


Óperas no Municipal

Duas óperas de pequena duração serão apresentadas dentro da temporada lírica do Teatro Municipal de São Paulo: Amelia al Ballo, de Gian Carlo Menotti, e Le Villi, de Giacomo Puccini, ambas são as primeiras obras de cada autor. As montagens são inéditas e foram criadas, respectivamente, pelo diretores cênicos Livia Sabag e João Malatian, além de reunir grandes nomes, como a soprano Cláudia Riccitelli, o barítono Douglas Hahn e a meio-soprano Silvia Tessuto, e ainda promessas do canto brasileiro, Eric Herrero e Martin Mühle. Com a Orquestra Experimental de Repertório e o Coral Lírico, sob a regência dos maestros Juliano Suzuki e Jamil Maluf.

Amelia al Ballo, escrito em italiano pelo próprio compositor, foi concluída na Europa, depois da formatura de Menotti, em 1933, com o também compositor Samuel Barber, dando início a uma parceria que duraria por toda a vida. Nessa primeira ópera, que conta a história de uma mulher que passa por cima de tudo para atingir o seu objetivo de ir a um baile, o compositor já cria belas melodias, com destaque para cada solista e elementos que remetem à tradição da música lírica italiana, principalmente das óperas bufas, trabalhadas com maestria por Menotti. A movimentação dos solistas, atores e coro é um dos principais recursos usados para destacar o caráter cômico da obra, “por isso tudo dança ao seu redor”, como explica a diretora de cena Livia Sabag. Os figurinos são de Cássio Brasil, inspirados na commedia dell’arte, e o cenário é assinado por Luis Frugoli, e vai se transformando ao longo do espetáculo, por meio de módulos móveis, em que o público assiste à construção gradual do apartamento de Amelia Le Villi, composta originalmente em um ato para participar de um concurso, ganhou outro ato com texto encomendado ao poeta Ferdinando Fontana, que usou como base uma lenda eslava sobre as Willis, fantasmas de mulheres que atraem seus amantes traidores para a morte. Puccini perdeu o concurso, e a obra não recebeu nem mesmo menção da banca examinadora, mas estreou em 31 de maio de 1884 no Teatro dal Verme de Milão, e no mesmo ano foi apresentada no Teatro Alla Scala, com grande sucesso, atraindo a atenção do editor Giulio Ricordi, que publicou a partitura, tornando-se o editor de Puccini durante toda sua carreira. A produção é divida em dois níveis de ação, o primeiro plano realista, mostrando uma jovem abandonada pelo amante e internada em um quarto de hospital, e o segundo psicológico, misturando a memória com o imaginário da personagem. Já estão presentes na obra algumas das características que tornariam Puccini um dos mais populares compositores de ópera da história, e, segundo Jamil Maluf, “ele não hesita em interromper abruptamente essas melodias, adaptando-as ao desenvolvimento dramático”.

Teatro Municipal de São Paulo
Local: praça Ramos de Azevedo, s/nº, Centro
Fone: (11) 3397-0327
Horários: Estréia no dia 12 de outubro, às 17h, com reapresentações nos dias 14, 16 e 18, às 20h30
Ingressos: de R$ 20,00 a R$ 40,00 (no dia 14, com preços de R$ 10,00 a R$ 20,00)

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