Texto escrito por Tauane Baitz, aluna de graduação de Engenharia de Biossistemas em FZEA-USP, orientada do Prof. Dr. Fabrício Rossi no Programa Unificado de Bolsas da USP.
Tendo em vista que a crise hídrica está atingindo várias regiões do Brasil, é válido nos preocupar com a questão da energia elétrica, além do abastecimento de água. A maior fonte de energia do Brasil é provinda das usinas hidroelétricas, que respondem por quase 70% de toda a capacidade instalada do País. Em segundo lugar temos a energia a térmica, responsável por 29,5% e outra fonte que está tendo destaque nos últimos tempos é a fonte eólica, que corresponde cerca de 1,7% da produção de energia elétrica.
O Brasil apresenta um grande potencial para diferentes tipos de fontes de energia, por inúmeros fatores, como clima que proporciona a maior exploração de energia como a energia solar, energia eólica e a energia provinda de biomassa, conhecida como bioletricidade (a maior parte da bioletricidade do brasil é provinda do bagaço de cana-de-açúcar, o clima proporciona um clima favorável para a plantação do mesmo). É válido pensar em outras fontes, até por medida de precaução.
Uma fonte de energia que basicamente vem ganhando bastante notoriedade é a energia eólica, com grande crescimento na região nordeste, os bons ventos nunca foram tão bem aproveitados. Mas você sabe o que é? Quais as vantagens e desvantagens?
A energia eólica é basicamente energia cinética que existe no vento e sua origem se dá no aquecimento causado pela energia eletromagnética do sol. Esta energia cinética do vento convertida em energia mecânica por moinhos e cataventos, ou em energia elétrica por turbinas eólicas.
As maiores vantagens da energia eólica são por ser uma fonte renovável e “limpa”, além de ser inesgotável e sem custos relacionado a matéria-prima, os custos de implantação são relativamente baixos.
A grande adversidade é referente dependência da ocorrência de vento em densidade e velocidade ideais, já que esses parâmetros sofrem variações anuais e sazonais.
A maior quantidade de parques eólicos no Brasil está localizada na região nordeste, que em 2017 bateram recorde e ganharam bastante destaque. Os ventos vão ficando mais fortes de meados de junho até dezembro, sendo que os melhores meses são setembro e outubro. Atualmente no Brasil são encontrados cerca de 457 parques eólicos, com previsão de mais 287 até 2020.
Se juntássemos todas as usinas do país, de todas as fontes – hidrelétrica, termoelétrica, eólica, solar – teríamos uma capacidade de produzir em torno de 160 gigawatts (GW) de energia. Por outra via se ampliássemos nossos parques eólicos em todos os lugares do Brasil já mapeados, a produção poderia chegar a 500 gigawatts (GW), mais do que o triplo do que produzimos hoje. É possível notar que o Brasil tem um grande potencial para este tipo de fonte de energia.
A energia elétrica não está crescendo somente no Brasil, mas sim no mundo inteiro, a previsão até 2020 é por volta de 590.915 megawatt (MV).
Um engenheiro de biossistemas pode sim atuar com energia eólica, visto que há um domínio em relação a energia limpa, buscando sustentabilidade através da incorporação e criação de novas tecnologias.