Nesse artigo iremos analisar o conto “Fatalidade” do livro, “Primeiras Estórias”, publicado pela editora José Olympio no ano de 1962 de João Guimarães Rosa (1908-1967), cujo enredo se passa na vida caipira, e a temática é a tragédia como o título do conto já nos diz. Essa análise baseia-se nos autores Regina Zilberman (1989) e Hans Robert Jauss (1994) e suas respectivas teorias sobre a história da literatura e a recepção crítica literária. Com o objetivo de realizar uma leitura mais aprofundada das características abordadas na vida no sertão, como sabemos a valorização do mundo sertanejo é ponto forte nas obras roseanas, mais especificamente a violência no sertão. A justiça é realizada sem nenhum pudor pelos personagens, e até que ponto pode-se considerar justo o ápice ou a fatalidade em questão no conto. Visando a inserção do leitor não apenas como passivo, mas como ativo na leitura, na compreensão e na recepção do conto com base nos autores já citados, assim tornando o leitor o principal elo do processo literário.
Este artigo tem por objetivo encontrar pontos de convergências quanto à transculturação na
narrativa entre os dois romances os quais são: Pedro páramo (1958) escrito por Juan Rulfo (1917- 1986) no México e Grande sertão: veredas (1956) por João Guimarães Rosa (1908-1967) no Brasil. Este artigo tem base nos estudos dos dois teóricos: Fernando Ortiz qual foi etnólogo e cubano, e, com o segundo teórico ampliando o conceito de transculturação para a narrativa Ángel Rama que foi um crítico uruguaio.
sta dissertação tem como objetivo geral investigar a recepção crítica americana de Grande sertão: veredas (1956), logo após a publicação desta, em 1963, e ler as opções tradutórias da primeira tradução de Harriet de Onís (1869-1968) e de James Taylor (1892-1982), e em seguida trechos da segunda tradução americana mais recente, Grand sertão: veredas (2013), de Felipe W. Martinez. Como método utilizado para analisar a recepção crítica americana, destacam-se os estudos hermenêuticos literários de Hans Robert Jauss (1921-1997). Dessa forma, prioriza-se uma discussão com a tradução americana de Grande sertão: veredas, pois pontuam-se alguns trechos da tradução americana que servirão como objeto de análise da tradução, tendo como critério para as escolhas dos trechos relativos ao sertão (backlands), e ao encontro de Riobaldo e Diadorim em O-de-janeiro. Os parâmetros analisados na primeira tradução serão: a perda da poeticidade, os apagamentos, a alternância de nomes e palavras e alguns neologismos. Após a comparações a partir dos parâmetros entre Grande sertão: veredas e The devil to pay in the backlands, visa-se constatar o distanciamento do projeto dos tradutores e do projeto poético de João Guimarães Rosa. Com isso, embasamo-nos nos estudos de tradução de Antoine Berman (1942-1991), Lawrence Venuti (1953) e André Lefevere (1945-1996). Berman considera que a tradução é uma relação, um diálogo e uma abertura para o estrangeiro. Além dos parâmetros que comprovam uma tradução americana etnocêntrica, utilizam-se alguns recortes de periódicos cedidos pelo Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB) num total de 10 textos sobre Guimarães Rosa. Esses recortes de jornais foram escritos em 1963. Por fim, nesta dissertação abordará sobre os posicionamentos dos jornalistas americanos diante da publicação da tradução rosiana de 1963 e a recepção crítica atual da tradução americana segundo Perrone (2000), Armstrong (2001), e Krause (2013).
Esta comunicação visa determinar em que medida a tradução americana de Grande sertão: veredas (1956) se corresponde com o projeto de João Guimarães Rosa, o que a recepção crítica discutia, e, ainda comenta sobre a obra americana. Observar-se-á na execução dessa comunicação que a importância da recepção estética de determinada obra, nota-se que o leitor é aquele que se guia por um comportamento estético, por exemplo, estuda-se em Grande sertão: veredas (1956) que foi conhecida como The devil to pay in the backlands (1963) probabilidades da tradução americana não incorporar o projeto poético rosiano, de maneira que se propõe investigar tais fatores da tradução, bem como a
contribuir para o escopo de trabalhos com viés estético recepcionais ao encontrarmos as leituras críticas da época quanto à versão americana. Guimarães Rosa mencionava que a tradução para o inglês americano de Grande sertão: veredas não deveria ser um "lugarcomum", e que os tradutores teriam uma tarefa de recriar a lin