O amor é um tema universal, abordado tanto na prosa quanto na poesia. É o primeiro e o mais vasto tema da literatura (SANTOS, 2008), seja ele o amor romântico, idealista, platônico ou erótico. Na novela Dão-Lalalão: o devente (1994), de Guimarães Rosa, observa-se a forte presença do amor erótico que se traduz através dos sentidos das personagens. Este artigo, portanto, aborda a forma com que os cinco sentidos são utilizados na construção do erotismo nas personagens, ao mesmo tempo em que são elementos fundamentais na construção do enredo. O trabalho tem como suporte teórico algumas concepções sobre erotismo (BRANCO, 1985), Eros como pulsão de vida (SANTOS, 2008; EAGLETON, 1997), e indagações sobre o amor na prosa de Guimarães Rosa (NUNES, 1994; LAGES, 2002).
O presente ensaio visa tecer relação entre literatura e psicanálise a partir da priorização de um enfoque do amor na novela “Buriti”, de Guimarães Rosa. Por acreditar que o tema paira não somente na esfera física hominal, como também impregna a atmosfera natural do sertão, verificar-se-á o tácito corpo de baile de uma vertente amorosa, o erotismo, entre alguns dos personagens, o que concede margem para a abordagem de instâncias psicanalíticas, a saber, alteridade e pulsões, sobretudo.
O presente ensaio visa tecer uma relação entre a literatura e a psicanálise a partir da
priorização de um enfoque do amor na novela Buriti, de Guimarães Rosa. Por acreditar que o
tema paira não somente na esfera física hominal, como impregna a atmosfera natural do
sertão, verificar-se-á o tácito “corpo de baile” de uma vertente amorosa – erotismo – entre
algumas personagens literárias por abordagens teóricas de instâncias psicanalíticas, como
alteridade e pulsão.
O trabalho propõe ao leitor acompanhar o percurso de formação do protagonista de Grande sertão: Veredas mediante a experiência do amor. Com o objetivo de analisar como esse sentimento promove em Riobaldo o aprendizado, o estudo descortina, por meio da constatação do pacto e pela busca do sentido da vida, seu constante processo de transformação interior.
A busca constante da transformação do modo de ver o mundo faz da obra de Guimarães Rosa uma grande paideia, que incita o jogo do devir, o jogo de atravessar, o jogo das metamorfoses contínuas e comuns de toda forma de vida. O narrador rosiano põe o leitor em constantes rupturas da lógica e dos pragmatismos humanos, a fim de descontruir a automatização dos homens e do mundo. Assim, neste trabalho, o que se objetiva estudar é a representação das personagens rosianas em busca de sua construção como indivíduos, especialmente no que tange à sua nova compreensão do amor e da alegria, o que se pode verificar em contos da obra Primeiras estórias, e que em última análise pode ser visto como uma nova proposta de construção interior para o homem, diante de sua realidade.
O trabalho propõe um diálogo entre Fausto I, de Johann Wolfgang von Goethe, e Grande sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, acerca do tema do amor. O estudo tem o objetivo de analisar o processo de transformação que esse sentimento promove nos dois protagonistas, Fausto e Riobaldo, descortinando confluências e distanciamentos no tocante às suas experiên-cias. A pesquisa é feita sob a perspectiva histórica do desenvolvimento desse tema na litera-tura ocidental, servindo como ponto de referência para o estudo particular das obras. A cons-trução do espaço, as técnicas narrativas e a vivência do amor são os pontos principais que nortearão o estudo do tema.
"Nas veredas do humor e da alegria" analisa a presença e a função do humor na fabulação de "Grande Sertão: Veredas" bem como a sua importância no processo de recepção e significação da obra. Considerando o humor como uma categoria que se distingue do cômico e não corresponde a um gênero literário propriamente dito, destaca-se a qualidade peculiar do humorismo presente na obra. Assim, a análise do humor leva a um tema significativo em "Grande Sertão: Veredas": a alegria, vista como um afeto e uma paixão. Dessa forma, utiliza-se da filosofia de Baruch Spinoza encontrada na "Ética", a qual oferece um estudo exemplar dos afetos e uma explicação para estado de alegria misturada à tristeza que colore o humor do narrador. Nesse sentido, o motivo da "travessia" encontrado na obra é tomado como uma travessia perpetrada pelos afetos, dos quais destacamos a função da alegria. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT
O que se propõe analisar neste trabalho é a busca constante da transmutação do modo de ver o mundo, que faz da obra de Rosa uma grande paideia, que incita o jogo do devir, o jogo de atravessar, o jogo das metamorfoses contínuas e comuns de toda forma de vida. O narrador rosiano põe o leitor em constantes rupturas da lógica, dos limites, dos pragmatismos humanos, a fim de descontruir a automatização dos homens e do mundo, gestando o aprendizado de uma nova leitura do mundo, que destrói os determinismos e lógicas da subordinação, decretando o fim da lógica do senhor e do escravo. Essa nova visão mito-poética faz o homem comum religar-se ao mundo, não como superior, mas como parte integrante que deve aprender o movimento dialético da vida: o nascer e morrer constantes, o transformar-se para perpetuar-se, o ir e vir contínuos e perpétuos. Assim, neste trabalho, o que se objetiva estudar é a representação das personagens rosianas em busca de sua construção como indivíduos, especialmente no