ISSN 2359-5191

25/04/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 25 - Educação - Escola de Engenharia de São Carlos
Pesquisa projeta manejo pedagógico de robôs à distância

São Paulo (AUN - USP) - Eduardo do Valle Simões, professor da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP), diz que há a possibilidade de fazer robôs colaborarem à distância com os professores de ensino público no ensino de exatas via internet.

Para ele, a inclusão digital não consegue ter a abrangência que deveria por medo dos professores em perder espaço no ensino da criança e por haver pouca qualificação técnica por parte da escola. A fim de solucionar esse problema, Simões crê que deve haver uma inclusão tecnológica, aliando metodologias pedagógicas a robôs, que incitariam o aprendizado. Afinal, ele defende que a inclusão tecnológica é fundamental para que o aluno não seja dominado pela máquina no futuro.

Como estratégia para tal união é aparentemente impensável, a USP teria papel fundamental na confecção de material didático com robôs e questionários a respeito de experimentos recomendados para serem feitos pelos professores. Esse kit estaria disponível no Centro de Divulgação Científica e Cultural da USP (CDCC), onde há uma experimentoteca que os alugam.

Uma das barreiras já previstas por Eduardo Simões é o custo de locação: se muitas escolas públicas já têm dívidas a serem quitadas, de onde o dinheiro adicional necessário para o aluguel de tais kits? A fim de responder à altura, Simões pensou numa maneira de habilitar o conteúdo desse material via internet. “Creio que o termo ‘à distância’ foi fundamental para esse projeto”.

Dessa forma, vídeo-aulas gravadas previamente simulariam uma aula que seria dada caso o kit estivesse com a professora. O conteúdo do vídeo constaria em gravações dos robôs em diversas condições e situações e que seriam seguidas por um questionário aplicado á sala. Esse material estaria na internet para acesso gratuito das escolas.

Primeiramente, o material seria feito por pessoal da própria faculdade; professores e estudantes de graduação. Após um período piloto, Simões diz que há a probabilidade de alunos das escolas que utilizam as vídeo-aulas e estejam interessados em participar do projeto passem a produzi-lo também.

Esse projeto, além de dissolver o problema tecnológico nas escolas brasileiras, serve como solução do uso superficial dos computadores que vieram com a inclusão digital, uma vez que os professores usariam o material multimídia via internet para ministrar suas aulas.

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