ISSN 2359-5191

05/10/2009 - Ano: 42 - Edição Nº: 67 - Sociedade - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
Pesquisador americano apresenta padrões de carreira

São Paulo (AUN - USP) - O professor americano Jon Briscoe ministrou, no dia 9 de setembro, a palestra “Definindo e obtendo sucesso na carreira: padrões ao redor do mundo”, na Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP. Da Northern Illinois University, Briscoe, que preside a divisão de carreira do Academy of Management, um dos maiores e mais importantes eventos da área de Administração, fez doutorado em Administração de Negócios pela Boston University e dá aula sobre os temas “carreira” e “liderança”. O professor falou para alunos da pós-graduação da FEA sobre a superação da carreira tradicional e o surgimento de novos valores profissionais.

Briscoe defendeu que, atualmente, as pessoas estão no comando de suas vidas profissionais. Assim, a realidade que está emergindo é marcada por conceitos diferentes daqueles que existiam nas carreiras tradicionais, como “empregabilidade”, em que o profissional deve manter suas qualidades e seus conhecimentos sempre atualizados para poder exercer diferentes tipos de emprego, em vez de se focar em um emprego fixo assegurado.

Para chegar a esses conceitos, Briscoe e sua equipe realizaram uma pesquisa ampla utilizando o “n-way approach”, que começa com uma exploração profunda de múltiplos contextos culturais. Assim, testes e entrevistas foram feitos em países diversos, como o Japão, a Sérvia, o México, a Espanha, os Estados Unidos e a Áustria, buscando respostas de duas perguntas: como as pessoas de diferentes culturas definem sucesso de carreira e como elas lidam com transições de carreira.

Com os resultados obtidos dos três grupos ocupacionais de entrevistados que Briscoe e sua pesquisa selecionaram – enfermeiras, “colarinhos azuis” e graduados em negócios –, foram criadas categorias para diferenciar os enfoques. Categoria “pessoa”, por exemplo, foi citada por 78% dos entrevistados, sendo esta ainda dividida em outras subcategorias: “satisfação”, “conquista”, “aprendizado”, “desenvolvimento”. A categoria “interação com o ambiente” recebeu 62% das indicações e foi subdividida em “reconhecimento” e “relação trabalho-casa”, demonstrando um novo conceito de carreira, atual e raro até então, já que, nas carreiras tradicionais, o profissional está voltado apenas para o ambiente de trabalho.

A categoria predominante foi a de “conquista”, seguida, sobretudo, por homens e pessoas mais novas. No entanto, mulheres e pessoas mais velhas valorizam, em especial, “aprendizado”. Há, ainda, fatores que influenciam o sucesso da carreira no geral, como contexto mundial, história e traços pessoais. Fora das generalizações, Briscoe ainda destacou a descoberta de traços únicos e regionais em cada país. Para os “colarinhos azuis” da África do Sul, por exemplo, “comer” representa um fator ligado ao sucesso na carreira.

Quanto à transição de carreira, incluindo novo ambiente de trabalho e outro chefe, Briscoe identificou, entre as principais causas, “iniciativa própria”, que foi a predominante entre os países, com exceção do Japão, onde apareceu com mais freqüência “por mando da empresa”, “sugestão de outros”, entre outras.

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