ISSN 2359-5191

07/12/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 125 - Saúde - Hospital das Clínicas
Pesquisadora estuda evolução no movimento de pacientes operados do Mal de Parkinson

São Paulo (AUN - USP) - Considerada inovadora no Brasil, a cirurgia de DBS (Deep Brain Stimulation, em inglês), feita em pacientes que sofrem do mal de Parkinson, ganha desdobramentos e estudos no pós-cirúrgico. A cirurgia consiste na introdução de eletrodos para gerar estimulação por corrente contínua no cérebro de parkinsonianos a fim de diminuir sintomas como tremor, discinesias e rigidez dos movimentos. Após seu procedimento, os pacientes são acompanhados em diversas áreas como fisioterapia e fonoaudiologia.

A fisioterapeuta, especialista em fisioterapia ortopética do esporte, mestre e agora doutoranda em biomecânica do movimento com análise do modo de andar, Natália Luna, tem coordenado no Hospital das Clínicas de São Paulo estudos com pacientes que já se submeteram à cirurgia. O objetivo é acompanhar as melhorias e evoluções dessas pessoas quanto ao seu movimento ao andar. A reabilitação acontece por dois meses, com frequência de duas vezes na semana em sessões de uma hora e trinta minutos. Tratam-se de processos de terapia de movimento chamado cinesioterapia e de um treinamento de marcha em esteira. Após esse período, os pacientes passam um mês em casa e, então, são reavaliados para que voltem à intervenção. Nesse segundo momento, passam por treinos para andar com suporte de peso corporal, equipamento que o ajuda na sustentação do corpo.

O objetivo do estudo é fazer a comparação entre o treino convencional e o procedimento feito com o auxílio do suporte de peso corporal. O que já se sabe é que ambos melhoram a marcha do paciente operado. O estudo teve seu início no começo de 2012, conta com 13 pacientes sendo avaliados e uma lista de 18 novos parkinsonianos a serem incluídos no tratamento. Natália conta que ainda não há resultados quantitativos e estatísticas completas, porém, os resultados qualitativos já são vistos. Os relatos dos pacientes provam que eles têm caído menos ao andar e se movimentam melhor pela casa.

A expectativa é que com essa pesquisa, o suporte de peso corporal possa se mostrar eficiente também para outros pacientes com debilidade de marcha, como os idosos. Com esse estudo, acredita-se enriquecer a literatura sobre o assunto, que já traz a importância da atividade física na reabilitação do mal de Parkinson.

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