ISSN 2359-5191

05/04/2013 - Ano: 46 - Edição Nº: 2 - Educação - Instituto de Física
Física Para Todos explora aplicações da Física Nuclear com linguagem acessível

No dia sábado, 20 de abril, às 10h da manhã, no Auditório Abrahão de Moraes, ocorrerá o primeiro Física para Todos do ano. Trata-se de um evento realizado pelo Instituto de Física da USP cujo objetivo é tornar essa ciência mais próxima do grande público, explorando suas aplicações no cotidiano e em outras áreas do conhecimento, e valendo-se de uma linguagem menos técnica.

Essa edição marcará a segunda vez que ele ocorre no próprio Instituto de Física. A primeira delas ocorreu no ano passado e tratou da confirmação da existência do Bóson de Higgs. Graças ao sucesso dessa edição, optou-se por realizar o evento novamente no próprio Instituto. Em anos passados, o evento ocorria em locais como o Museu Paulista, a Estação Ciência e o Centro Cultural São Paulo.

Nessa edição, o tema abordado será o uso da Física Nuclear aplicada à análise de materiais. Ela será iniciada com uma breve palestra da professora Marcia Rizzutto, do Instituto, que realizou recentemente estudos vinculados à exumação do cadáver de D. Pedro I. A professora explicará rapidamente como a Física Nuclear, geralmente associada a bombas atômicas e acidentes devastadores, pode ser utilizada para nos proporcionar um melhor conhecimento da história de certos objetos – ou de certas pessoas, como em casos como o de D. Pedro.

Em seguida, os participantes serão acompanhados em visitasao AceleradorPelletron e ao Laboratório de Materiais e Feixes Iônicos (Lamfi). Nessas visitas, o funcionamento dos equipamentos dos laboratórios será explicado, bem como suas possíveis utilizações para fins científicos.Para a professora, esse acesso aos laboratórios representará um atrativo interessante para aqueles que gostam de Física e querem conhecer mais, mesmo ser ter um contato próximo com essa ciência.

Para o professor NemitalaAdded, do Instituto, que já participou de outras edições do evento, a tentativa de ampliar o acesso do público em geral a esse tipo de conhecimento representa um importante aspecto social da Universidade. Embora ele reconheça a importância de se buscar essa ampliação, ele identifica também uma dificuldade, da parte da Universidade, em atingir um público além de suas fronteiras.

Essa dificuldade, segundo o professor Manfredo Tabacniks, chefe do Departamento de Física Aplicada,pode ser atribuída também a certos aspectos de nossa sociedade, que não tem grande tradição de divulgação científica. Preterida em favor de assuntos mais apelativos, a ciência encontra pouco espaço na grande mídia, o que ajuda a criar na sociedade a ideia falsa de que “essas coisas não acontecem aqui”.

O professor Marcelo Munhoz, presidente da Comissão de Cultura e Extensão do Instituto, acredita que esse evento é muito importante para levar o conhecimento científico além das fronteiras da universidade, e tem planos para torná-lo um evento mensal.

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