ISSN 2359-5191

24/06/2014 - Ano: 47 - Edição Nº: 28 - Economia e Política - Instituto de Relações Internacionais
Tropas de paz brasileiras cumprem critérios de excelência da ONU

As tropas de paz enviadas pelo Exército Brasileiro para operações de manutenção de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) cumprem os critérios de excelência recomendados. Foi o que concluiu a dissertação de mestrado de José Roberto de Araujo Cunha Neto para o Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo.

A pesquisa foi realizada em 2011 através de uma extensa análise dos relatórios oficiais emitidos pela ONU, além de uma segunda fase de coleta de dados e entrevistas estruturadas com oficiais do Exército. Segundo o análise, o Exército Brasileiro adota práticas recomendadas pela organização, como o envio de militares com no mínimo 19 anos, a prioridade no envio de unidades já estabelecidas e o monitoramento constante da imagem das tropas brasileiras junto à população local.

A excelência da participação das tropas brasileiras demonstra maturidade do país e comprometimento com a ONU”, afirma José Roberto. “A presença das tropas brasileiras em outro país permite ainda criar um vínculo entre esses países que pode resultar em benefícios econômicos e sociais para ambos.”

“Naturalmente ainda há oportunidades de melhoria.”, ressalta. “Por exemplo, a adequação do armamento e equipamento para as missões, que no caso do Haiti, ficou aquém do desejado e adequado, em especial no início da missão, quando comparado às tropas norte-americanas”. O estudo ainda aponta outros pontos passíveis de melhorias, como por exemplo o aumento da presença feminina nas tropas.

Segundo o pesquisador, o envio de tropas de paz pelo Brasil é positivo não só no âmbito internacional, mas também no nacional. “A participação das tropas brasileiras em operações de manutenção da paz no exterior podem funcionar como um ‘laboratório’ em que planejamento, estratégia, armamento, treinamento físico, cooperação e coordenação entre outros elementos, são postos à prova. O intercâmbio de experiência e participação conjunta entre militares de diversas nacionalidades também é uma experiência rica que contribui para o processo de aprendizagem dos militares”

Segundo o secretário-geral do Ministério da Defesa, Ari Matos Cardoso, o efetivo brasileiro no Haiti deve ser reduzido de 1400 para 1000 militares até o fim do ano, contingente de antes do terremoto de 2010, que matou 300 mil haitianos e arrasou a capital Porto Príncipe. Até 2016, o número deve chegar à metade disso.

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