câncer de pele

 

 

por
Marcos Jorge



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Seu suposto impacto para a saúde afasta consumidores. Mas especialistas afirmam o contrário: até quatro doses diárias, a bebida traz benefícios

Verão, praia, sol e pele bronzeada. Eis uma combinação irresistível para as férias. Irresistível para você e para sua pele, que nesse período do ano costuma ficar exposta ao sol por muito mais tempo que o habitual, principalmente se você é daquelas pessoas que aproveitam o calor para ficar “com a cor do verão”. O maior problema, nesse caso, é que esse padrão de beleza pode levar a uma exposição excessiva e inadequada à radiação solar, que pode trazer sérios danos à pele, o mais grave deles, o câncer de pele.

A família de Silvana Celestine sabe bem o que é passar por uma situação dessas. Mesmo não sendo assim tão vaidosa e sem ter o hábito de tomar sol, a mãe da auxiliar acadêmica do Departamento de Engenharia de Produção de São Carlos notou, há cerca de um ano, o aparecimento de um pequeno calo no nariz, que costumava sangrar com freqüência e que ela logo atribuiu ao peso da armação dos óculos. Até aí, tudo normal. O caso começou a preocupar quando, passados mais de dois meses, o ferimento teimava em não cicatrizar. A mãe da funcionária, dona Helena Araújo, foi procurar orientação médica e foi diagnosticado um princípio de câncer de pele.

Com 68 anos de idade e uma pele muito clara e cheia de sardas, dona Helena precisa agora tomar uma série de cuidados para não se expor ao sol. “Logo que ela acorda, aplica filtro solar com protetor 50 na pele e, para sair de casa, protege o rosto com chapéu e até mesmo um guarda-chuva”, relata sua filha Silvana.

O risco de contrair câncer de pele é maior do que muita gente pensa. Um bom exemplo desse perigo foi dado pelo coordenador da campanha nacional contra o câncer de pele no Hospital das Clínicas, o médico Eugênio Pimentel. A campanha aconteceu no dia 4 de dezembro e foi promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia ( http://www.sbd.org.br/ ) e, segundo dados fornecidos pelo dermatologista, apenas no HC foram atendidas cerca de 450 pessoas, sendo que 10% desse grupo foi diagnosticado com princípio de câncer ou mesmo com um tumor desenvolvido.

Se você é uma dessas pessoas que preferem privilegiar padrões estéticos em detrimento da saúde do corpo, é fundamental tomar alguns cuidados para proteger a pele antes de se expor. Primeiramente, evite tomar sol entre 10h e 16h (no horário de verão), pois é nesse período que a incidência de raios UVB é maior. Os raios UVB compõem a radiação ultravioleta e predispõem a pele ao aparecimento do tumor.

Existem basicamente três tipos de câncer de pele. O mais comum deles é o carcinoma basocelular, que costuma aparecer em áreas do corpo mais expostas ao sol, como o rosto. Apesar de não levar o indivíduo à morte, ele é uma ferida crescente e mutilante, ou seja, se o machucado se desenvolver na orelha, ele pode destruir o local. O carcinoma espinocelular é um pouco mais perigoso, levando ao óbito apenas em casos mais avançados. O terceiro e mais grave tipo de câncer de pele é o melanoma maligno, que pode levar o indivíduo à morte. “O melanoma costuma aparecer como uma pinta escura e irregular, e pode apresentar diferentes cores dentro da mesma mancha”, afirma a dermatologista Ane Beatriz Nina, que atuou com dr. Pimentel durante a campanha no HC.

Como se pode ver no caso da mãe de Silvana, o tipo da pele também influencia no aparecimento do câncer. A regra é mais ou menos a seguinte, quanto mais clara é a pele, maior é a chance de desenvolver o tumor e maior deve ser a proteção à radiação solar. Nesse sentido, a pele morena da funcionária Calliopi Katsios é uma benção. Ela não é de ficar se bronzeando na areia, mas ainda assim a chefe da Seção de Apoio ao Colegiado do Instituto de Química não abre mão de alguns cuidados. “Eu uso protetor solar fator 15, e fico na praia até umas 10h30, quando vou almoçar, tomar uma cerveja e volto só no fim da tarde”, conta. As precauções são maiores com a filha, em quem Calliopi aplica protetor fator 30. “Eu também tento fazer ela usar um chapeuzinho para se proteger, mas ela não gosta muito e logo joga a peça fora”, confessa.

Usar chapéus, bonés e camisetas é uma boa maneira de se proteger, mas um outro item que não pode faltar na sacola é o filtro solar. A dúvida é saber qual fator é o mais adequado para sua pele. A dermatologista do Hospital Universitário Heloísa Vilhena esclarece que, para pessoas com a pele morena, o fator 15 é suficiente; já aquelas com pele e olhos claros, cabelo loiro ou sardas no rosto, o fator indicado deve estar entre 20 e 30. “O mais correto mesmo é consultar um dermatologista para saber qual é o fator ideal para cada um”, explica. A freqüência da aplicação deve ser constante, não adianta nada usar o filtro solar apenas uma vez. “O uso deve ser repetido a cada quatro horas ou, no caso de uma exposição solar muito intensa, a cada duas horas”, recomenda. A reaplicação também deve ser feita depois de entrar na água. Fica aqui a dica (e o exemplo) do dr. Pimentel, que sabe a importância de se proteger da radiação solar. “Quando vou à praia, aplico filtro solar,constantemente e estou sempre usando um boné e vestindo uma camiseta leve”, exemplifica.

   


 
O Espaço Aberto é uma publicação mensal da Universidade de São Paulo produzida pela CCS - Coordenadoria de Comunicação Social.
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