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por Daniel Fassa

foto crédito: arquivo pessoal de André Cunha
"As maratonas aquáticas representam um retorno aos primórdios da natação, pois o esporte era inicialmente disputado em mares, rios e lagos". Ricardo Sinhorelli Colombo, treinador de André Cunha

 

 

 


foto crédito: arquivo pessoal de Igor de Souza
"Um maratonista deve treinar muito mais que um nadador de piscina, ter grande resistência e poder de concentração", afirma Igor de Souza, que cruzou duas vezes o Canal da Mancha

 


Couto realizou a travessia três vezes e quebrou o recorde mundial em 1959 no sentido Inglaterra França. Cruzou também o Estreito de Gibraltar e o Rio Nilo, entre outros rios e mares. Somados, os percursos nadados por ele equivalem a dar a volta ao mundo pela linha do Equador, que tem cerca de 40 mil quilômetros.

Já Igor de Souza atravessou o Canal da Mancha em 1996, quando cravou o melhor tempo do ano. Em 1997, fez o percurso de ida e volta em 18 horas e 33 minutos. Devido ao feito, Souza juntou-se a outros dois brasileiros que integram o seleto Hall of Fame (a sala da fama) da natação: a nadadora Maria Lenk, primeira mulher sul-americana a competir em Olimpíadas e o próprio Abílio Couto.

Segundo Souza, há diferentes provas nos circuitos mundiais: no Grand Prix as distâncias vão de 15 km a 88 km ; na World Cup, as provas têm 10 km ; no Campeonato Mundial, elas variam entre 5, 10 e 25 quilômetros . "Um maratonista deve treinar muito mais que um nadador de piscina, ter grande resistência e poder de concentração", explica o atleta.

No Pan-Americano do Rio de Janeiro, os representantes brasileiros na maratona aquática cumpriram bem o seu papel. No masculino, Allan do Carmo levou o bronze e, no feminino, Poliana Okimoto ficou com a prata. André Cunha, de São Carlos, chegou a participar da seletiva para a competição, mas acabou não se classificando. "Foi uma disputa muito acirrada. A prova foi disputada até o fim."

Para o veterano Igor de Souza, o desempenho brasileiro foi muito bom. Ele aponta Poliana como uma das favoritas ao ouro em Pequim e faz uma aposta em Allan: "Estados Unidos e Canadá vieram com sua força máxima. No feminino poderíamos ter sido ouro, perdemos na batida de mão. O garoto Allan do Carmo tem um grande talento. Acredito que, melhorando sua velocidade, em pouco tempo estará entre os melhores do mundo".

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