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Comportamento
por Daniel Fassa
fotos por Cecília Bastos e Francisco Emolo

 

 


Guilherme Krüger, de 74 anos, pratica exercícios físicos no programa USP Aberta À Terceira Idade: "A gente tem que fazer a máquina trabalhar".

 

 

 


Bela fez cinco faculdades no decorrer da carreira. Depois de se aposentar, não quis saber de descanso. Já fez aulas de pintura e agora pratica esportes na USP.


Guilherme Krüger, de 74 anos, é uma delas. Ex-violinista da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo e advogado, ele não quis ficar parado depois da aposentadoria. Por isso, faz parte do programa de atividades físicas para a terceira idade do Centro de Práticas Esportivas (CepeUSP) do campus da capital. "A gente tem que fazer a máquina trabalhar. Você fica em casa, começa a ter dor aqui, dor ali. É uma conseqüência de estar parado. Sinto-me muito bem, faço todas as atividades, não me canso", revela.

Para a ex-professora Maria de Lourdes Neves, de 66 anos, não é diferente. Mais conhecida como Bela, ela fez cinco faculdades no decorrer de sua vida. Apesar de ter se aposentado cedo, quando tinha 47 anos, não saiu da ativa. "Eu gosto muito de pintura. Vim fazer escola de artes aqui no Museu de Arte Contemporânea logo que me aposentei", conta. A convite de uma amiga, Bela começou a praticar esportes. "É muito legal, eu gosto muito de educação física e gosto muito de água. Faço deep running. Faço bóia cross quando vou para o interior, sou uma velha para frente. Foi muito bom, porque eu andava com a pressão um pouco alterada, ajudou muito na saúde, na parte espiritual, na parte social, nós somos todas muito amigas, fazemos festa nas nossas casas, falamos muita besteira, coisas engraçadas."

No entanto, a maturidade traz consigo certas dificuldades físicas que exigem uma atenção especial, tanto da família, quanto do próprio Estado. Simples tarefas, antes realizadas com destreza e rapidez, transformam-se em verdadeiros desafios. A saúde fica mais frágil e exige cuidados diferenciados, demanda que nem sempre é atendida adequadamente. Esse é um dos objetos de estudo da pesquisa Sabe (Saúde, bem-estar e envelhecimento), realizada pela Organização Pan-Americana de Saúde em sete cidades espalhadas pela América Latina e Caribe.

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