Os prejuízos nas safras de milho poderão a partir de agora ser evitados precocemente e em poucos minutos, graças a uma tecnologia que combina visão computacional e inteligência artificial.
O sistema, que permite a verificação nutricional da planta, foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP.
“A inovação consiste no exame da folha em estágios iniciais da fase vegetativa por intermédio de um escâner”, conta o professor Odemir Martinez Bruno, do IFSC. “A imagem da folha digitalizada é transformada em um modelo matemático que é comparado com outros já estabelecidos.” O processo dura poucos minutos e, a partir destas informações, o produtor saberá as deficiências nutricionais da planta, tanto dos macronutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre), quanto dos micronutrientes (boro, molibdênio, cobre, ferro, zinco e manganês).
O reconhecimento é feito por intermédio de um software que identifica as possíveis deficiências de nutrientes pré-determinadas pelos modelos gerados por intermédio das imagens das plantas, submetidas a diferentes níveis de nutrição.
Bruno explica que, na prática, bastará ao agricultor ir à plantação com um escâner de mão, obter a imagem da folha e, com um notebook, realizar a operação de reconhecimento. “O computador emitirá, em poucos minutos, uma espécie de relatório nutricional da planta”, estima o pesquisador. Tal análise servirá de parâmetro apenas para correções para a próxima safra, uma vez que não haverá mais tempo para qualquer correção na safra que foi analisada.
Desta forma, o novo método pode ser uma ferramenta eficiente no diagnóstico precoce das deficiências nutricionais, possibilitando correções no cultivo evitando e perdas na safra em curso.
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