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25/06/2015 - Ano: 48 - Edição Nº: 57 - Arte e Cultura - Museu de Arqueologia e Etnologia
Pesquisadores retratam em documentário origem de coleções arqueológicas
Lançamento ocorrerá no MIS, acompanhado de exposição fotográfica
Peça arqueológica encontrada na Amazônia. Foto: Wagner Souza e Silva

Nesta quinta-feira, 25 de junho, no MIS (Museu da Imagem e do Som), acontece o lançamento do documentário "Antiga Amazônia Presente" e da exposição fotográfica que retrata os bastidores da produção. O evento é fruto de uma parceria entre o MAE (Museu de Arqueologia e Etnologia da USP) e o MIS.

O museu da USP possui duas grandes coleções arqueológicas. A primeira, adquirida na década de 1970, provém da região de Santarém, no Pará, e é da cultura tapajônica. A segunda, transferida em 2005 para o MAE, vem da Ilha de Marajó e é da cultura marajoara. O museu tinha como obrigação, por ordem judicial, manter a segunda em exposição. Assim, fez-se necessário pensar em ações sociais que levassem conteúdo da USP para a sociedade. E foi escolhido retratar tudo isso em um documentário, com a intenção de mostrar o local de proveniência desse acervo, contando a história dele e da trajetória dessas coleções até chegarem ao museu.

Cristina Demartine e Carla Gilbertoni, idealizadoras do projeto, contam que o motivo pelo qual foram atrás das origens desse acervo foi que ambas as coleções foram formadas por colecionadores. "Elas não são provenientes de escavação arqueológica. Foram pessoas (moradores locais) que foram juntando objetos e constituíram uma coleção", explica Cristina. Então, o objetivo maior do documentário é retratar a origem e o trajeto das peças através das lembranças dessas pessoas: como se deu a formação dessas coleções, como foi a venda delas, quem as recolheu e, também, "entender a relação que essas pessoas têm, hoje, com essas peças", conclui Carla.

A viagem para a produção do documentário e, consequentemente, das fotografias, se deu em duas partes. A primeira foi a pré-produção, na qual foi feito um mapeamento dos locais por onde passavam. As pesquisadoras contam que não saíram com um roteiro definido, por isso a necessidade dessa primeira etapa. "Na maioria das vezes, a gente foi procurando. Não conhecia nada e ia entrando nos lugares e perguntando", relata Cristina. A segunda parte da viagem foi a produção do longa. Para tal, contavam com uma equipe de 6 pessoas: Silvio Luiz Cordeiro, diretor do documentário e doutor em arqueologia; Wagner Souza e Silva, fotógrafo e docente da ECA (Escola de Comunicações e Artes); dois assistentes e as duas pesquisadoras.

Para registrar o trajeto, foi lançado um site, no qual há desde relatos a imagens, como fotografias e mapas. No dia seguinte ao lançamento, o documentário estará disponível no site. A intenção é, com isso, além de alcançar o maior número de pessoas possível, dar um retorno às pessoas da região amazônica que participaram do longa. "Nosso território foi ocupado há muito tempo e nós temos muitos vestígios e indícios dessa ocupação, mas pouca gente tem conhecimento disso", afirma Carla.

A exposição terá início às 18 horas e a exibição do documentário será às 19h30, sendo necessário retirar ingresso com 1 hora de antecedência na bilheteria. O evento dura apenas um dia e é gratuito.

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