ISSN 2359-5191

22/08/2003 - Ano: 36 - Edição Nº: 13 - Saúde - Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Preparo de alimentos influencia absorção de nutrientes pelo corpo

São Paulo (AUN - USP) - Nem sempre a cultura tradicional é muito sábia na hora de preparar e consumir alimentos. Pequenas mudanças de hábito, como não consumir chá depois das refeições, podem facilitar a absorção de sais minerais pelo corpo. Essa é uma das conclusões do Simpósio Internacional realizado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP recentemente.

O Simpósio apresentou novos estudos de professores e pesquisadores da Espanha e de países da América Latina sobre as dietas latino-americanas. A partir de um diagnóstico das deficiências na ingestão de minerais pela população, foram propostas alternativas de alimentos e métodos de processamento que podem suprir a necessidade diária de nutrientes de maneira mais eficiente e sem desperdício.

Cada vez mais sedentária, a população precisou diminuir a quantidade de calorias diárias para manter-se no peso ideal. O problema é que com isso diminuiu também o consumo de vitaminas e sais minerais essenciais, segundo a professora do Departamento de Alimentos e Nutrição da Faculdade de Farmácia da USP, Célia Colli. Nesse quadro, possuir condições financeiras pode não ser tudo. É preciso ter informação.

Um exemplo de estudo feito na Argentina é a respeito do mate. A biodisponibilidade do ferro, ou seja, a capacidade de sua absorção pelo corpo, é maior quando o mate não é fervido com leite. No entanto, acrescentar o mate ao leite já fervido pode ser menos prejudicial.

Mesmo se tratando de processamento industrial, muito ainda pode ser modificado para melhorar a biodisponibilidade dos alimentos. Um exemplo é o processo de extrusão, que faz os salgadinhos ou “chips”. Ele pode ser aprimorado para garantir a textura do produto ao mesmo tempo em que seus minerais são preservados.

Para a professora Célia, também coordenadora nacional da Rede Ciencia y Tecnologia para el Desarollo, o evento tem como objetivo promover intercâmbio de pesquisadores e incentivar projetos comuns para a América Latina na área da nutrição. Ele é parte de um programa de cooperação internacional patrocinado pela Espanha em homenagem aos 500 anos do descobrimento das Américas.

O Simpósio terminou com uma apresentação do programa Fome Zero para os palestrantes internacionais feito pela professora Sofia Szarrfarc, da Faculdade de Saúde Pública da USP. Ela mostrou como o programa poderá cumprir com as exigências da Organização Mundial de Saúde para uma alimentação saudável no Brasil.

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