Participantes do Fórum Permanente de Espaço Público da USP elaboram sugestões para o uso do campus da capital

Não precisa andar muito. Basta por os pés para fora de seu prédio e provavelmente você encontrará uma porção de questões relacionadas ao uso do espaço da Universidade. Dos esportistas aos estudantes dos grupos de bateria. Dos camelôs às agências de publicidade e canais de televisão. Todos querem utilizar as áreas da USP.

Para colocar estas questões em ordem, a Prefeitura do Campus da capital decidiu ampliar a tarefa a todos os usuários da Universidade. Assim, desde o final de abril, docentes, servidores, alunos e até pessoas que não possuem vínculo com a Universidade, mas que utilizam o espaço, têm se reunido nos grupos de trabalho do Fórum Permanente de Espaço Público da USP para discutir os rumos da gestão do campus. "Desde o começo tínhamos por concepção que esta discussão não poderia estar limitada à Universidade", afirma Maria Cristina de Lourdes Guarnieri, assessora da Prefeitura do Campus.

Durante quatro meses, os grupos irão trabalhar na elaboração de propostas para um plano de uso sustentável do campus nas seguintes áreas: segurança em saúde, patrimonial e pessoal; infra-estrutura, mobiliário urbano e suportes de comunicação visual; sistema viário, trânsito e transporte; patrimônios natural, histórico, científico e cultural; resíduos, gerenciamento do lixo e reciclagem; e relacionamento com o entorno sociocultural, político, econômico, científico e tecnológico.

"A idéia é que os grupos não se tornem um balcão de reivindicações, e sim espaço para a construção de consensos", salienta Maria Cristina. "As propostas devem estar baseadas em uma visão ampla sobre o campus." Não por acaso, durante o lançamento do fórum no dia 24 de abril, o professor Euler Sandeville Jr., da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), afirmou que "antes de solução física, precisamos de uma idéia de campus".