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Cultura
por Maria Clara Matos
Fotos por Cecília Bastos e Francisco Emolo

 


 

Foto crédito: Francisco Emolo
Cecília Helena Salles de Oliveira destaca que a área do subsolo tem dois objetivos: “um deles, mostrar os nichos e acervos que quase nunca estão nas áreas mais conhecidas do museu e outro, mostrar a parte interna do edifício, que do ponto de vista arquitetônico é absolutamente singular”

 

 

 

Foto crédito: Francisco Emolo
A sala que apresenta a coleção de ferros do museu a chama atenção, uma vez que os tijolos à mostra revelam a centenária estrutura do edifício


Cecília explica que um dos objetivos de abrir o subsolo à visitação é fazer com que as pessoas possam conhecer um pouco da estrutura interna do prédio, que ela considera “absolutamente singular do ponto de vista arquitetônico”. “Ele foi construído à base de tijolo e argamassa que leva em sua composição ripinhas de palmeiras da região do Ipiranga”, destaca a historiadora. Do subsolo é possível observar a sustentação feita em arcos. A diretora ainda esclarece que as abóbadas do teto de todo o edifício foram construídas somente com tijolo, sem ferro ou concreto, que ainda não existia na época. Daí sua estrutura rica e original.

À medida que o museu foi crescendo, cada um dos diretores foi abrindo uma parte do subsolo para ocupar com salas, laboratórios e móveis. Cecília enfatiza que o prédio foi criado para ser um monumento e não para abrigar uma instituição pública. Ela conta que o espaço não possuía nem mesmo eletricidade ou banheiros, porque as pessoas o visitavam durante o dia e logo iam embora. Muitas intervenções foram realizadas para que o museu pudesse crescer, receber mais visitantes, além de peças e doações.

Hoje em dia, o museu é visitado por um público de cerca de 450 mil pessoas por ano, chegando a receber 5 mil pessoas por dia. Visando a ampliar as áreas expositivas e adequar suas reservas técnicas, em 2006 foi proposto um projeto preliminar de ampliação. Este foi aprovado recentemente pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e pelo Conpresp (Conselho do Patrimônio Histórico de São Paulo) e está em processo de estudo para futura execução.

A diretora Cecília esclarece que o objetivo principal é criar um anexo que possibilite a melhor adaptação dos espaços internos do museu. Ela revela ainda que a idéia é transformar o edifício atual em área totalmente expositiva e construir um prédio para concentrar as áreas administrativas e salas de aula.

O projeto de ampliação foi assinado pelos arquitetos Eduardo Colonelli e Silvio Oskman, do Escritório Paulistano de Arquitetura. Segundo Oskman o grande desafio é poder realizar o previsto, respeitando a arquitetura do prédio, projetado entre 1885 e 1890 por Tommaso Gaudenzio.

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