São Paulo (AUN - USP) - O aluno de Turismo tem que pensar em suas direções profissionais de uma forma mais aprofundada do que aquela que as pessoas geralmente se preocupam. Esta foi uma das opiniões defendidas por Glauber Eduardo de Oliveira Santos, turismólogo formado pela Escola de Comunicações e Artes da USP, durante o Veredas, acontecimento promovido pela ECA Júnior, já em sua quarta edição.

Veredas é um evento que reúne profissionais da área de Turismo para discutir com os atuais alunos desse curso na ECA determinados temas que rodeiam essa área de estudo e atuação. O assunto proposto para 2007 foi “Trajetórias Profissionais”, sob o slogan “Turismólogos não têm futuro? Isso é o que você pensa” em cartazes espalhados pelos diversos departamentos da Escola. Nas edições anteriores, discussões importantes como o combate ao turismo sexual, empreendedorismo e as diferenças entre os cursos de Turismo na ECA e Lazer e Turismo na EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades, na USP Leste).

Os convidados dessa última edição, ocorrida recentemente, no Auditório Paulo Emílio do Prédio Central da ECA, foram Fernando Kanni, representando o segmento de consultoria, Glauber Eduardo de Oliveira Santos, que atua na área acadêmica e Aline Delmanto, que trabalha com o setor público. Cada um deles contou um pouco sobre as histórias de suas carreiras e como a faculdade as influenciou.

Após a apresentação do evento por uma das organizadoras, Kanni foi o primeiro a tomar a palavra. Ele disse que mal assistia às aulas e “vivia perambulando pela ECA”. Segundo o turismólogo, a realidade de sua área naquela época era totalmente diferente à de hoje. “Houve uma grande onda de mudanças a partir do surgimento do Ministério do Turismo. Agora, temos uma futura candidata à presidência responsável por ele. É a chance que temos para alcançar a visibilidade que precisamos para crescer”, defendeu.

Aline, por sua vez, enfatizou a importância dos momentos passados dentro da faculdade, tanto em relação à convivência social quanto às experiências que os estudos proporcionam. “Nós temos que usar os quatro, cinco anos em que estamos estudando para experimentar. Porque é enquanto somos universitários que temos o direito de experimentar e errar”, disse ela.

Santos buscou refletir melhor sobre a questão da abertura que o curso de Turismo da USP dá aos estudantes. “Na ECA, há uma estrutura universitária aberta à comunicação e ao intercâmbio com outras unidades. Assim, cada um escolhe o rumo profissional, seu nicho de trabalho, a partir das disciplinas que decide cursar”, afirma ele, que acredita que, desde cedo, o aluno deve buscar a área de que mais gosta para atuar.

A platéia, composta por cerca de 70 pessoas, em sua maioria graduandos do curso de Turismo, participou fazendo perguntas aos convidados e levantando importantes pontos de discussão. O evento durou aproximadamente três horas e terminou com o aplauso de estudantes satisfeitos com o conteúdo abordado.