São Paulo (AUN - USP) - No Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, os avanços na pesquisa com lasers têm dado novas aplicações à técnica desde medições de poluentes na atmosfera, até medições de evento da ordem de picossegundos e femtosesegundos (10-9 e 10-12 segundo) .

O laboratório de pesquisa com lasers compactos, chefiado pelo professor Nilson Dias Vieira Junior, trabalha na produção de equipamentos de altíssima potência (GigaWatts, objetivando potências de TeraWatts) e suas aplicações. O grupo conta com 15 doutores e já oferece cursos profissionalizantes na área odontológica.

Entre os usos da nova tecnologia, está a geração de harmônicos de alta ordem para criar um feixe de laser na região do Raios X e uma duração tão curta, que além de medir eventos nunca antes medidos, por causa de sua rapidez, já que o laser fica ligado por pouco tempo (da ordem de 10-15 segundo ou menos).

Além disso, também é possível formar, com um feixe de laser, um plasma (uma “bola de luz” do ar atmosférico) em grandes altitudes e assim poder medir facilmente a composição dos gases. Sistema vai ajudar na determinação da quantidade de poluentes em partes mais altas da atmosfera com identificação dos componentes.

Além do grupo no Ipen, muitos outros estudam melhorias e suas aplicações nos lasers. Para Nilson, é importante que esses grupos possam trabalhar juntos. Outros grandes planos aguardam novos desenvolvimentos na área, como a fusão nuclear a laser, por exemplo. “Se realizada, teríamos a disposição uma fonte de energia de fato limpa, pois os materiais usados no processo não precisariam ser radioativos”.

Outro desafio a enfrentar na área, é a necessidade de multidisciplinaridade. No laboratório do Ipen, já é comum o contato com médicos pela grande utilidade da pesquisa na medicina. Para Nilson, o ponto culminante é pensar uma linguagem comum para pesquisadores nesse campo, que cada vez mais de vê diversificado.