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TUSP lança a quinta edição da revista aParte XXI

Montagem sobre capa da revista, ilustração do Coletivo Raga.

Tocar o mundo, afetá-lo, provocá-lo, transformá-lo em sua significação, é certamente uma das funções sociais e políticas da arte.

A quinta edição da revista aParte XXI será lançada no Teatro da USP no dia 28 de agosto, às 20h. O evento contará com uma palestra de Maria Silvia Betti, com abertura de Ferdinando Martins. Em sua fala, a professora partilhará  suas considerações sobre o tema tratado nesta edição da revista, teatro e público.

Ferdinando Martins é vice-diretor do TUSP, professor da Escola de Comunicação e Artes (ECA-USP) e ministra a disciplina: ”Corpo, Gênero e Sexualidade no Teatro Brasileiro” no programa de pós graduação da Escola de Comunicações e Artes – ECA – USP.

Maria Silvia Betti é professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH-USP)  e orientadora do Departamento de Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes – ECA – USP. Sua linha de pesquisa é a História do Teatro.

A aParte XXI Nº 5

A revista aParte surgiu como a publicação do Teatro dos Universitários de São Paulo, sob a coordenação editorial de Flavio Império e André Gouveia, no calor do movimento estudantil daquele momento de nossa história. Naquele ano foram publicadas duas edições.
Após quarenta e três anos, o Teatro da USP – TUSP, agora órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da Universidade de São Paulo, retoma a ideia da publicação da revista aParte e lança sua terceira edição em dezembro de 2010, e a quarta em setembro de 2011.
Em 2012, neste quinto número da revista aParte XXI, damos início à reflexão – sem data para se encerrar – acerca daquilo que entendemos ser condição exigente ao fenômeno teatral: sua existência pública.
Tocar o mundo, afetá-lo, provocá-lo, transformá-lo em sua significação, é certamente uma das funções sociais e políticas da arte. Teatro é lugar e acontecimento, palavra e gesto, conceito e forma. Arte coletiva por excelência, convida-nos a dar conta – como nos lembra Peter Brook – de que, em se tratando de teatro, não é possível se estar sozinho. O comprometimento com tal perspectiva nos parece condição sine qua non para que o debate possa identificar e dar voz às múltiplas variantes da exigência pública do teatro em nossa atualidade.

Nesta edição, principiamos por chamar à cena vozes diversas e significativas do teatro paulista e brasileiro, que, dissonantes ou não, evidenciam questões a serem problematizadas, convidando assim nosso leitor a articulá-las.
Contamos também com as vibrantes experiências de convívio relatadas por graduandos da Escola de Comunicações e Artes da USP que acompanharam a I Jornada de Teatro Universitário do TUSP e que, por meio de textos e ensaio fotográfico, montam e desmontam possibilidades em torno da constituição de práticas e pensamentos que se preocupem com a investigação das peculiaridades e potências do teatro universitário.

Neste número, as ilustrações – que ficaram por conta do coletivo Raga (antigo Agravantes Cachorro do Mato e os Famigerados), grupo formado por estudantes do curso de artes visuais da Unesp – procuram enfatizar o sentido de uma prática artística gerada num âmbito eminentemente coletivo, com pontos de vista e materialidade que se constituem e se amplificam por via desse tensionamento.

Também publicado nesta edição um artigo negado – por questões de política editorial – pelo jornal O Estado de São Paulo acerca da cultura teatral no Irã e que, a título de abertura de debate, coloca em jogo questões complexas, que vão dos processos de ideologização e censura de mercado às consequências estéticas e políticas implícitas nisto.

Por fim, publicamos a peça inédita Bagagem, de autoria do dramaturgo Leonardo Moreira e premiada pelo projeto Seleção Brasil em Cena – Novos Talentos da Dramaturgia Brasileira, realizado pelo Centro Cultural Banco do Brasil (RJ, 2007), oferecendo ao leitor a oportunidade de conhecer um dos primeiros textos de um autor que, junto à Cia. Hiato, vem se destacando na investigação poética da imaginação, da lembrança e do esquecimento, desafiando a esfera cotidiana e atual a se projetar ao campo dos afetos, numa intrincada relação entre o real e o imaginário.

Exemplares da revista serão distribuídos gratuitamente ao público.

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