ISSN 2359-5191

24/11/2005 - Ano: 38 - Edição Nº: 21 - Sociedade - Instituto Oceanográfico
Debate aborda concepção das marcas

São Paulo (AUN - USP) - “Marcas têm vida”. “Marcas têm alma”. Assim o diretor de arte da McCann Erickson, Ricardo Aguiar, abriu sua exposição no segundo dia do Ciclorama, ciclo de palestras e mostra de cases focados nas áreas de Relações Públicas e Publicidade. O tema deste ano foi a Construção e desenvolvimento de marca. O evento aconteceu no início de novembro, no auditório do Instituto Oceanográfico da USP.

Na apresentação do dia oito, o assunto foi a Manutenção de marca. Aguiar defendeu que o trabalho do publicitário deve estar focado no nome que o produto leva. Para ele, a marca tem um efeito muito forte sobre o consumidor: “Ela é o seu aval social. O que explica uma pessoa juntar dinheiro durante um mês para comprar uma jaqueta da Nike, por exemplo?” Quando questionado sobre até que ponto a concepção que relaciona marca com alma transforma pessoas em coisas, Ricardo diz que não entende marcas como objetos, mas sim como concepções por trás do nome.

Aguiar afirmou que o trabalho do publicitário está sofrendo uma crise de credibilidade, já que figura como a segunda profissão mais desacreditada no país, só perdendo para a política. Logo em seguida, desviou o assunto para propor novas estratégias de marketing, pois, segundo ele, o comercial tradicional está fazendo com que a marca perca relevância na vida das pessoas. Como novas alternativas, o publicitário propõe que se trabalhe com o entretenimento e com a propaganda que não se parece com propaganda, e mostra como modelo bem sucedido a campanha da BMW, que produziu pequenos filmes de ação sem que o nome do carro aparecesse de forma escancarada. Para ele, a sensação de bem estar que o comercial provoca é refletido na boa imagem que a pessoa guarda da marca.

Ao responder se a publicidade vende ou não uma espécie de ilusão, Ricardo Aguiar ilustra seu ponto de vista com outro exemplo prático: “Está vendo aquela mulher? Ela sabe que não terá o corpo igual ao de uma modelo se usar o sabonete que ela vê no comercial. As pessoas têm um senso.”

Comunicação integrada

O evento contou também com a participação da diretora de atendimento da LVBA Comunicação, Cláudia d’Amato. O ponto principal de sua palestra foi a importância do relações públicas atuar em conjunto com o publicitário na manutenção do valor da marca. De acordo com ela, o trabalho deve estar focado na valorização do diferencial do produto, na defesa de sua reputação e numa estratégia voltada à obtenção de resultados concretos, cada vez mais exigidos pelas empresas.

Cláudia traçou também o perfil do profissional de sucesso na área de comunicação. Para ela, requisitos como uma boa formação cultural e acadêmica, raciocínio estratégico, competência gerencial e disciplina são fundamentais.

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