ISSN 2359-5191

30/08/2002 - Ano: 35 - Edição Nº: 15 - Meio Ambiente - Faculdade de Saúde Pública
Falta de mediação técnica do governo impede o desenvolvimento sustentável

São Paulo (AUN - USP) - Quais têm sido os obstáculos e avanços para que se implemente a gestão ambiental? Que papéis as indústrias, governos, universidades e sociedade têm desempenhado a respeito da preservação do meio ambiente? Quais são as melhores soluções para cada um desses atores, a fim de acelerar o desenvolvimento sustentável? Essas são algumas das muitas questões a serem discutidas no V Simpósio de Gerenciamento Ambiental na Indústria e NISAM 2002 – Ciclo de Conferências sobre Política e Gestão Ambiental. O evento, que será realizado entre os dias 2 e 5 de setembro, acontecerá na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAU e está sendo organizado por esta unidade junto com as Faculdades de Saúde Pública e de Direito e a Revista Saneamento Ambiental.

Um dos organizadores do encontro, Arlindo Philippi Junior, professor da Faculdade de Saúde Pública e coordenador do Núcleo de Informações em Saúde Ambiental da USP – NISAM, está bem otimista quanto aos resultados do simpósio. “[Ele] está acontecendo em um momento muito feliz. Afinal, a Rio+10 estará acabando ao mesmo tempo.” Rio+10 é a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que está ocorrendo na África do Sul, uma continuação do primeiro evento, a Eco-92.

O professor ressalta que o encontro na FAU tentará estimular a prática da administração inteligente, voltada para uma ‘economia ecológica’. Afinal, ele indaga, como administrar bem um determinado lugar (economia) sem não estudá-lo e conhecê-lo bem (ecologia)? Daí a importância do desenvolvimento sustentável. Considerando esse o lema de seu governo, o bom administrador pode transformar toda a rede de produção de uma cidade, por exemplo, gastando menos, de forma mais consciente. Perguntado sobre o possível radicalismo do processo, o professor retifica: “Radical não, revolucionário.”

Os temas abordados durante os quatro dias cobrem as dúvidas mais polêmicas e urgentes das grandes metrópoles. “Trataremos dos assuntos mais demandados pela sociedade: esgoto, energia, lixo, saneamento das águas e educação (ambiental), questionando sempre as funções do Estado e da iniciativa privada”, explica Arlindo. O professor lamenta que ainda falte uma articulação efetiva do governo como mediador técnico de projetos, mas entusiasma-se com os avanços das indústrias em relação à preocupação ambiental: “A modificação comportamental está ocorrendo. Tem muitas empresas que já se conscientizaram”.

Para participar do evento, os interessados devem se inscrever pela Internet no endereço www.signuseditora.com.br/nisam. O custo é de R$ 300,00, mas estudantes têm desconto de 50% e professores da USP, 20%. Maiores informações pelos telefones (11) 3814-6899, (11) 3081-8762 ou pelo e-mail: signus@signuseditora.com.br.

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