ISSN 2359-5191

31/10/2001 - Ano: 34 - Edição Nº: 15 - Meio Ambiente - Instituto de Física
Projeto une cientistas para entender a Amazônia

São Paulo (AUN - USP) - Cientistas de diversas áreas de atuação estão trabalhando em conjunto para melhor conhecerem a Amazônia. O Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera da Amazônia (LBA), atualmente em curso, foi concebido para entender como a maior floresta do planeta funciona em termos climatológicos, ecológicos, biogeoquímicos e hidrológicos, além de suas interações com o sistema global.

O LBA conta com a colaboração de vários cientistas brasileiros e algumas equipes estrangeiras, mas tem coordenação nacional, o que minimiza os temores de que a floresta esteja sendo “internacionalizada”. Apesar da grandeza do projeto, sua importância tem sido inversamente proporcional à divulgação na imprensa desde 1998, ano dos primeiros estudos do LBA.

No Instituto de Física da USP (IFUSP), uma equipe liderada pelo professor Paulo Artaxo está empenhada no estudo da química atmosférica amazônica através do acompanhamento dos aerossóis, partículas em suspensão no ar. Algumas estações de monitoramento foram instaladas na floresta para a análise das partículas, algumas delas emitidas pela própria floresta, outras provenientes de queimadas ou levadas pelo vento de outros lugares.

O professor José Vanderlei Martins, integrante do grupo de estudos de poluição do ar do IFUSP, explica que os dados obtidos com o LBA têm permitido entender o efeito das partículas atmosféricas na formação de nuvens e em sua precipitação. “Quanto maior for o número de partículas suspensas no ar, mais difícil torna-se a formação de gotículas de chuva nas nuvens, o que pode prolongar os períodos de seca na Amazônia”, explica Vanderlei.

Os cientistas brasileiros envolvidos no LBA recebem financiamento principalmente do CNPq e da Fapesp. Boa parte do equipamento utilizado é de fabricação nacional, o que barateia o projeto. Apesar da importância do experimento para a ciência, alguns equipamentos utilizados na última expedição, em junho, estão desde então encostados nos corredores do Instituto de Física por falta de espaço mais adequado para guardá-los. A próxima expedição deve partir somente em setembro de 2002, e até lá se espera encontrar lugar mais apropriado para armazenar os aparelhos.

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